Tudo parecia normal e fui direto para o pagamento. Desconfiei que era um golpe quando começou a demorar muito para entregar. Já tinha passado um mês e recebi uma mensagem que dizia ser dos Correios dizendo que meu pedido estava retido e teria que desembolsar um valor para liberar. Carla, vítima de golpe no Instagram
Golpistas também usam stories do Instagram. Pedro*, 37, teve a sorte de conseguir cancelar a compra alegando ao banco que o cartão foi clonado. Ele navegava no Instagram quando, por meio de uma publicação patrocinada, apareceu os stories de uma loja de tênis. Na publicação, a loja oferecia um produto de uma marca conhecida a um preço promocional. Após efetuar a compra, Evandro começou a desconfiar que o site para o qual foi redirecionado poderia ser fraudulento e fez a operação para cancelar a compra.
Cliquei no site e era um marketplace com todas as cores e tamanhos. Comprei dois tênis. Quando chegou o e-mail de confirmação, percebi que estava meio estranho. Mandei para o meu marido e ele viu que na parte do site que tinha “sobre” e “contato” era só texto, não tinha link para abrir o conteúdo. No mesmo dia mandei uma mensagem para o banco contestando a compra. Acredito que como fiz duas compras iguais, ficou caracterizado como fraude e consegui cancelar. Pedro, vítima de golpe
ReclameAqui coleciona relatos de pessoas impactadas por publicações patrocinadas fraudulentas. “Fiz a compra de um produto e realizei o pagamento via Pix. Após isso, me pediram mais um Pix dizendo que seria para a taxa de entrega, o que já me pareceu estranho, mas como o perfil parecia confiável, fiz o pagamento. Depois disso, simplesmente sumiram! Nenhuma resposta, e o produto nunca chegou. Fui checar com mais atenção e percebi que o perfil é totalmente falso: postagens com comentários comprados, pessoas marcadas de forma enganosa e nenhuma informação verdadeira”, escreveu uma usuária.
O que diz a Meta
Análise interna mostrou desconfiança em 70% de novos anunciantes da Meta. Segundo reportagem do The Washington Post, uma análise interna de 2022 descobriu que 70% de novos anunciantes da Meta promoviam “golpes, produtos ilícitos ou produtos de ‘baixa qualidade'”.