Não importa o corte do frango, o alimento é ótimo em vários aspectos, mas o peito da ave leva o prêmio principal. Além de conter nutrientes envolvidos na reparação dos tecidos do corpo, no fortalecimento da imunidade e no aumento da energia, o peito de frango tem menos gordura saturada do que coxas, pernas e asas, o que o torna uma ótima escolha especialmente para aqueles preocupados com a saúde cardíaca.
Aqui estão algumas formas que explicam quais são os benefícios do peito do frango para o corpo humano.
Uma das melhores fontes de proteína
Em termos de calorias, não existem muitos alimentos integrais mais ricos em proteína do que peito de frango. “Você teria que comer proteína em pó para obter melhores níveis”, afirma Dave Bridges, bioquímico e professor associado de ciências nutricionais na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
O peito de frango não contém carboidratos e tem pouca gordura, especialmente se a pele for removida, explica Heidi Silver, diretora do Núcleo de Dieta, Composição Corporal e Metabolismo da Universidade Vanderbilt.
Uma porção de 99 gramas de peito de frango desossado e sem pele contém cerca de 160 calorias e 32 gramas de proteína. Isso é quase metade da quantidade diária recomendada para um adulto médio de 84 quilos. Em parâmetros comparativos, uma porção semelhante de salmão do Atlântico de cativeiro contém cerca de 206 calorias e 22 gramas de proteína.
Algumas pesquisas sugerem, inclusive, que pessoas que praticam atividade física de força ou resistência de forma regular podem se beneficiar do consumo de mais proteína por dia.
Além de construir músculos, a proteína é essencial para reparar células, produzir anticorpos que combatem doenças e produzir as enzimas que mantêm os sistemas funcionando. “Todo o corpo é feito de proteína”, afirma Silver.
É melhor para o coração
O peito de frango é muito pobre em gordura saturada —o tipo associado ao colesterol alto e outros fatores de risco para doenças cardíacas, afirma Bridges. Uma porção de 99 gramas contém apenas um grama. O frango também contém uma dose modesta de ácidos oleico e linoleico, dois tipos de gordura que comprovadamente contribuem para a saúde cardíaca, acrescenta.
Simplesmente adicionar mais frango à dieta não reduzirá necessariamente o risco de doenças cardíacas, afirma Bridges, mas substituir carnes vermelhas e processadas (como bacon ou cachorros-quentes) por frango pode ajudar numa melhora da saúde do coração.
Rico em vitaminas B
O peito de frango contém mais da metade da quantidade diária recomendada de vitamina B3, também conhecida como niacina, e mais de 70% da quantidade recomendada de vitamina B6.
“Esses nutrientes fazem muitas coisas diferentes”, afirma Silver. Para começar, são essenciais para a saúde do cérebro. Sem eles, não seríamos capazes de produzir dopamina, serotonina ou melatonina —as substâncias químicas que regulam nosso humor, sono, atenção e muito mais. “Precisamos deles para a memória, para o aprendizado, para o processamento de palavras e informações”, completa a especialista.
As vitaminas do complexo B também são essenciais para a produção de DNA e ajudam a transformar alimentos em energia, diz Lee Murphy, instrutor de nutrição na Universidade do Tennessee, em Knoxville.
Qual a melhor forma de consumir o peito do frango?
Se for uma opção, Bridges recomenda a compra de alimentos orgânicos. Para receber a certificação orgânica, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, por exemplo, exige que as granjas avícolas deem às galinhas acesso ao ar livre e espaço para se movimentarem, além de fornecer ração orgânica. Há evidências de que esses tipos de frango contêm um pouco mais de gorduras benéficas e menos gorduras saturadas, completa o bioquímico.
O peito não é a única parte do frango que vale a pena comer, acrescenta Silver. Cortes mais escuros da carne, como coxas e sobrecoxas, são mais gordurosos, mas também tendem a ter níveis mais altos de algumas vitaminas e minerais, como vitamina B12, ferro e zinco.
Para preservar os benefícios do frango para a saúde cardíaca, Silver recomenda usar um método de cozimento com menos gordura, como assar, grelhar, escalfar ou fazê-lo na air fryer.