Página Inicial Negócios Missão impossível? Bajaj Pulsar chega ao Brasil para roubar uma fatia do reino da Honda CG

Missão impossível? Bajaj Pulsar chega ao Brasil para roubar uma fatia do reino da Honda CG

Publicado pela Redação


Modelo indiano aposta em tecnologia, design e preço competitivo (cerca de R$ 3 mil a menos) para incomodar o veículo mais vendido do Brasil há quase 50 anos. Bajaj Pulsar N150 tem motor que entrega 14 cv de potência, o mesmo da Honda CG 160
Divulgação | Bajaj
A Bajaj decidiu entrar de vez na disputa com as gigantes e lançou uma motocicleta para competir no segmento mais concorrido do mercado: o das city de baixa cilindrada, dominado há quase 50 anos pela Honda CG.
A nova Pulsar N150 chegou em junho com o objetivo de conquistar o público motoboy. O modelo tem preço público sugerido de R$ 16.300, já com frete incluso.
Veja mais detalhes sobre a novidade e em que ela perde ou ganha das concorrentes.
Motor e câmbio
Equipada com motor de 149 cilindradas, que entrega 14 cv de potência e 1,38 kgfm de torque, a Bajaj se posiciona em linha com o que a líder de mercado oferece. A Honda CG possui 14,7 cv e 1,43 kgfm de torque.
Apesar disso, a Bajaj ainda precisa se adequar mais o mercado brasileiro e investir no desenvolvimento de um motor flex — tecnologia presente na CG desde 2009. Vale destacar, porém, que a versão de entrada da CG, chamada Start, não conta com motor flex.
A Yamaha Factor, concorrente no mesmo segmento, é equipada com motor flex há nove anos. No entanto, seu propulsor de 150 cilindradas é o mais fraco entre os três, com apenas 12 cv e 1,3 kgfm de torque — o que coloca a Bajaj em vantagem.
O conjunto motriz da Bajaj, assim como o das concorrentes, conta com câmbio de cinco marchas.
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Segurança
A Pulsar também apresenta uma limitação comum no segmento: oferece freio ABS apenas na roda dianteira.
Ao menos a tecnologia está disponível desde a versão mais básica — algo que Honda e Yamaha não oferecem nas versões de entrada, o que representa uma baita vantagem para a moto indiana.
Na traseira da Pulsar N150, o sistema de freio é a tambor. E não há opção de disco. Ainda assim, para se destacar no segmento, seria desejável que a motocicleta viesse equipada com freio ABS de dois canais, superando as rivais já consolidadas no mercado brasileiro.
A CG só disponibiliza freio a disco na roda traseira na versão mais cara Titan. Se a Bajaj oferecesse ABS também na traseira pelo preço de R$ 16.300, teria mais uma vantagem contra a concorrência.
Na CG, o freio a disco traseiro — que proporciona frenagens mais eficientes e, consequentemente, mais segurança — está disponível apenas na versão topo de linha, a Titan, que custa R$ 19.520. Isso representa R$ 3.220 a mais em relação ao modelo da Bajaj.
A Pulsar vem equipada com rodas de 17 polegadas tanto na dianteira quanto na traseira, menores que as rodas de 18 polegadas presentes na CG e na Factor.

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Luzes e tecnologia
O design da Pulsar inclui faróis de LED, diferentemente das versões de entrada da CG (Start e Fan), que ainda utilizam lâmpadas halógenas.
Um dos diferenciais da Pulsar é o painel digital com conectividade para celular. Por meio do aplicativo da marca (Bajaj Ride Connect), é possível atender ou rejeitar chamadas, além de acessar músicas e notificações.
Pensando na rotina de quem trabalha com entregas, público-alvo do modelo, a moto também conta com entrada USB para recarga do celular. Esse tipo de comodidade não está disponível nem nas versões mais completas da Honda CG ou da Yamaha Factor.
Outro recurso interessante é o alerta de agendamento de revisão exibido no painel, outra funcionalidade útil para quem utiliza a moto com frequência.
Vai vender bem?
A Pulsar N150 está disponível nas cores Vermelha (Racing Red), Preta (Ebony Black) e Branca (Pearl Metallic White).
Pelo preço sugerido, a Pulsar oferece um pacote de equipamentos bem mais completo que a Honda CG. Por R$ 16.440, a única versão da CG disponível é a Start — uma configuração de entrada consideravelmente mais simples que a Bajaj Pulsar.
Isso torna a moto indiana uma opção mais atraente frente à principal concorrente, evidenciando a ambição da marca no mercado brasileiro.
No entanto, é inegável que optar por uma Honda significa contar com quase 50 anos de tradição, uma ampla rede de concessionárias e a confiabilidade de uma marca consolidada, que vende cerca de 40 mil unidades da CG por mês. Competir em mesmo nível é, de fato, quase impossível.
2 pontos positivos e negativos da Honda CG 160

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