Página Inicial Saúde EUA enfrenta pior epidemia de sarampo do século 21 – 07/07/2025 – Equilíbrio e Saúde

EUA enfrenta pior epidemia de sarampo do século 21 – 07/07/2025 – Equilíbrio e Saúde

Publicado pela Redação

No primeiro semestre de 2025, os Estados Unidos bateram o recorde de casos de sarampo no país em mais de 30 anos, segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins divulgado em julho deste ano, momento em que o secretário de Saúde de Donald Trump é acusado de agravar essa crise sanitária.

O sarampo, doença altamente contagiosa, havia sido erradicado nos EUA graças à imunização. Um novo surto, no entanto, foi registrado em janeiro após a queda nas taxas de vacinação e a crescente desconfiança da população nas autoridades de saúde.

Até o momento, 1.277 casos foram confirmados neste ano, sendo 60% deles no estado do Texas, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Essa é o maior número de contágios nos Estados Unidos desde 1992. Ao menos três pessoas —que não estavam vacinadas— morreram em decorrência da doença. Entre elas, duas crianças pequenas.

Vários especialistas sustentam que o número real de casos está sendo subnotificado e expressaram preocupação com a falta de notificações.

A última morte infantil por sarampo nos Estados Unidos tinha sido registrada em 2003, três anos após o a doença ter sido declarada oficialmente erradicada graças à vacinação.

O último surto de sarampo nos EUA foi registrado em 2019 em comunidades judaicas ortodoxas em Nova York e Nova Jersey, com 1.274 casos, mas sem mortes.

Entre os principais sintomas do sarampo estão problemas respiratórios e erupções cutâneas e, em alguns casos, complicações mais graves, como pneumonia e inflamação cerebral, que podem provocar sequelas graves e morte.

O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert Kennedy Jr., foi acusado de agravar a situação por difundir informações falsas sobre a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola, por exemplo, ao afirmar que o imunizante é perigoso e contém restos de fetos.

O surto teve início no final de janeiro em uma zona rural do Texas onde vive uma comunidade religiosa —menonita– população ultraconservadora e com uma taxa baixa de vacinação.

Após o surto, países vizinhos dos EUA também começaram a registrar alta da doença. O Canadá tem mais de 3.500 casos, incluindo uma morte, a maioria na capital Ontário. Já no México, foram contabilizados 2.600 casos e nove mortes, segundo a Opas (Organização Panamericana da Saúde).

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