Segundo a plataforma, as autoridades francesas requisitaram acesso ao seu algoritmo de recomendação, bem como a dados em tempo real sobre todas as postagens dos usuários.
O Ministério Público de Paris informou, em 11 de julho, que havia confiado à polícia militar uma investigação sobre a rede X, enquanto pessoa jurídica, e contra as “pessoas físicas” que a dirigem.
A investigação, conduzida pela Direção Geral da Gendarmaria Nacional (que equivale à Polícia Militar no Brasil), trata “notadamente” de alteração do funcionamento de um sistema de processamento automatizado de dados por organização criminosa, bem como extração fraudulenta de dados de tal sistema, também por organização criminosa.
A apuração foi aberta após dois relatos recebidos em janeiro, que “apontavam o uso supostamente direcionado do algoritmo do X (ex-Twitter) para fins de ingerência estrangeira”, segundo o Ministério Público.
“Responsabilidade”
Um desses relatos partiu do deputado Éric Bothorel, especialista no tema e membro do partido do presidente Emmanuel Macron. Ele alertou a justiça sobre “as recentes mudanças no algoritmo do X, assim como possíveis ingerências em sua gestão desde a aquisição da plataforma por Elon Musk”, em 2022.