Página Inicial Negócios De olho no tarifaço de Trump, Assembleia Nacional da Venezuela aprova decreto de emergência econômica

De olho no tarifaço de Trump, Assembleia Nacional da Venezuela aprova decreto de emergência econômica

Publicado pela Redação


Medida também é uma resposta às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Governo americano ordenou que empresas petrolíferas americanas e europeias encerrem atividades na Venezuela. Donald Trump anuncia tarifa de 25% a países que comprarem petróleo da Venezuela
A Assembleia Nacional da Venezuela aprovou nesta quinta-feira (10) um decreto proposto pelo governo do presidente Nicolás Maduro declarando estado de emergência econômica. A medida foi adotada em resposta às sanções e tarifas dos Estados Unidos.
Em março, o governo dos EUA começou a suspender autorizações para empresas petrolíferas que operam com a estatal venezuelana PDVSA. Os americanos também impuseram tarifas secundárias sobre exportações de petróleo bruto e gás.
Maduro assinou o decreto na terça-feira (8), citando poderes constitucionais para declarar estados de emergência.
A nova regulamentação permite que Maduro implemente medidas para impulsionar o crescimento econômico, conter a inflação, oferecer tratamento especial aos investidores, suspender impostos ou isenções e estabelecer mecanismos de substituição de importações, entre outras ações.
O decreto de emergência visa auxiliar a produção nacional, disse a vice-presidente e ministra do Petróleo, Delcy Rodriguez, durante a apresentação do documento aos parlamentares.
Segundo Delcy, a economia venezuelana está sendo afetada pelas medidas dos EUA, mas a produção de petróleo e gás continua, apesar da queda de 30% no preço.
Produtores internacionais são bem-vindos na Venezuela, acrescentou a vice-presidente, desde que cumpram as leis venezuelanas.
Os Estados Unidos estabeleceram o prazo de 27 de maio para as empresas petrolíferas que operam na Venezuela encerrarem suas operações e exportações, incluindo a americana Chevron, a italiana Eni e a espanhola Repsol.
Analistas apontaram que as medidas de Washington afetarão o fluxo de receitas do petróleo, impactando o mercado de câmbio e os preços da Venezuela.
Maduro e seu governo sempre rejeitaram as sanções dos Estados Unidos e de outros países, dizendo que são medidas ilegítimas que equivalem a uma “guerra econômica” destinada a prejudicar a Venezuela.
Ele e seus aliados comemoraram o que chamam de resiliência do país apesar das medidas, embora historicamente tenham atribuído algumas dificuldades econômicas e escassez às sanções.
Em 2016, Maduro assinou um decreto semelhante, estendendo-o até 2021, citando o impacto das sanções dos EUA à Venezuela.
O decreto agora será encaminhado para análise de uma câmara da Suprema Corte do país.
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Palácio Miraflores via REUTERS
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