A dengue começou a se espalhar pela cidade de São Paulo e já tornou cinco distritos epidêmicos —Jardim Ângela e Capão Redondo, na zona sul, Perus e Brasilândia, na norte, e Rio Pequeno, na região oeste. Nestes locais, o coeficiente de incidência ultrapassou a marca de 300 casos por 100 mil habitantes.
As informações estão no novo boletim epidemiológico de arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde. Os dados são provisórios até 2 de abril de 2025.
O Jardim Ângela tem a maior incidência da capital (550,1). O distrito também lidera em casos da doença, com 1.921.
Em todo o município, foram confirmados 21.931 casos de dengue e dois óbitos.
Março é o mês com mais infecções, 12.454. No mesmo período de 2024, o número chegava a 138.754 casos confirmados.
Outros cinco distritos —Cachoeirinha, Casa Verde, Freguesia do Ó e São Domingos, na zona norte, e Lapa, na oeste, estão próximos ao índice epidêmico.
Temperatura corporal acima dos 38°C, dores de cabeça, nas articulações e atrás dos olhos, inflamação dos gânglios linfáticos, coceira e até mesmo erupções avermelhadas na pele são alguns dos sintomas clássicos da dengue quando o quadro é considerado leve. Algumas pessoas podem desenvolver ainda uma infecção assintomática.
Na dengue grave, é comum o quadro de saúde complicar após o desaparecimento da febre e a partir de alguns sinais de alarme —indícios também de que pacientes com quadros leves podem ter complicações pela dengue. Entre esses sinais estão náuseas, vômitos, sangramento em mucosas, dor abdominal intensa e tontura ao levantar.
Gestantes, idosos, crianças de até dois anos de idade, doentes crônicos, imunossuprimidos e pacientes em tratamento contra câncer ou HIV devem ter atenção.