O ponto relevante desse estudo é que a estratégia usada pelos chatbots se mostrou mais simples do que se imaginava.
Fornecer muitas informações (verdadeiras ou não) é mais eficiente do que apelos morais ou uma conversa empática.
Ao mesmo tempo, sabemos que as IAs ainda escorregam em informações imprecisas que podem criar narrativas distantes da realidade. Outro ponto de atenção é o comportamento bajulador da IA, que tende a reforçar a visão de mundo de quem faz a pergunta.
No ano passado, o TSE acertou ao proibir que campanhas criassem chatbots para simular avatares e conversas com candidaturas. Essa é uma medida que precisa ser mantida nas eleições de 2026, embora o desafio esteja longe de ser resolvido.
Primeiro, porque nada impede que apoiadores criem chatbots fora da estrutura oficial de campanha. Segundo, porque as pessoas estão conversando cada vez mais com chatbots comerciais, como ChatGPT, Gemini, DeepSeek e outros.
Eu não tenho dúvida que muitas pessoas vão pedir dicas aos chatbots sobre em quem votar, ou que esse assunto apareça indiretamente em outras conversas.