Nesta quinta (1º), mídia estatal chinesa afirmou que os Estados Unidos estão buscando ‘proativamente’ a China para discutir as tarifas: ‘São a parte mais ansiosa’. Na semana passada, Donald Trump afirmou ter recebido ligação de Xi Jinping, o que Pequim negou. Secretário do comércio Howard Lutnick e secretário da tesouraria Scott Bessent no Salão Oval.
Anna Moneymaker / Getty Images via AFP
O secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou que está confiante de que o país e a China chegarão a um acordo sobre tarifas em entrevista ao canal Fox Business Network, nesta quinta-feira (1º).
“Estou confiante de que os chineses vão querer chegar a um acordo. E, como eu disse, este será um processo de várias etapas. Primeiro, precisamos reduzir a tensão e, com o tempo, começaremos a nos concentrar em um acordo comercial maior”, disse.
A guerra comercial entre China e EUA foi desencadeada pelas tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump no dia 2 de abril. O presidente aumentou as taxas cobradas para produtos importados para vários países, mas depois recuou.
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No momento, apenas o governo chinês segue sendo taxado e, após uma série de retaliações, as tarifas podem alcançar 245% em alguns casos. Pequim respondeu com novas tarifas de 125% sobre as importações dos EUA.
Apesar das declarações otimistas sobre um acordo, Bessent reafirmou acusações contra Pequim.
Afirmou que os Estados Unidos vão “derrubar as barreiras comerciais desleais da China”, que “a economia chinesa está desacelerando substancialmente” e que a situação “pode ser devastadora”.
Na semana passada, em entrevista à revista “Time”, Trump disse que recebeu uma ligação do presidente da China, Xi Jinping, para falar sobre a guerra tarifária entre os países e que seu governo está em negociação ativa com os chineses para chegar a um acordo comercial que evite o tarifaço.
Na sexta-feira (25), o governo chinês negou estar tendo qualquer conversa sobre tarifas com o presidente Donald Trump e disse que os EUA deveriam “parar de criar confusão”.
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Nesta quinta-feira, uma mídia estatal chinesa afirmou que é Washington que está buscando “proativamente” a China por “múltiplos canais” para discutir as tarifas:
“Do ponto de vista da negociação, os Estados Unidos são atualmente a parte mais ansiosa. O governo Trump enfrenta múltiplas pressões”.
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Na terça-feira (22), Trump disse que um acordo com Pequim poderia “reduzir substancialmente” as tarifas impostas pelos EUA sobre a China e indicou que o acordo final não ficará “nem perto” das taxas atuais. Ele acrescentou, no entanto, que “não será zero”.
A disputa comercial — que, segundo Trump, é uma retaliação por práticas comerciais injustas — abalou os mercados e aumentou os temores de uma recessão global.
Questionado sobre o tarifaço e as consequências para a economia americana – que levou Trump a se tornar o presidente dos Estados Unidos com pior aprovação aos 100 dias de mandato em 80 anos -, o secretário minimizou:
“A incerteza nas tarifas diminuirá a cada dia, a cada semana. A incerteza estratégica é a tática de negociação de Trump”.
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Assim como o chefe, Donald Trump, Bessent também pediu que o Fed – o Banco Central dos EUA – reduza as taxas.
“Estamos vendo que as taxas de dois anos estão agora abaixo das taxas dos fundos do Fed, então isso é um sinal do mercado de que eles acham que o Fed deveria fazer cortes”, disse.
Secretário de Trump diz estar 'confiante de que a China quer chegar a um acordo sobre tarifas'
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