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Dólar abre em queda após a China abrir portas para negociação de tarifas com os EUA

Publicado pela Redação


Na quarta-feira, moeda norte-americana avançou 0,83%, cotada a R$ 5,6770. Já a bolsa caiu 0,02%, aos 135.067 pontos. Notas de dólar.
Murad Sezer/ Reuters
O dólar opera em queda nesta sexta-feira (2), após a China admitir disposição para negociar a guerra tarifária com os Estados Unidos, iniciada pelo presidente americano, Donald Trump.
O governo chinês declarou que está avaliando uma proposta dos EUA para iniciar conversas sobre a guerra comercial.
Segundo a mídia estatal chinesa, os americanos procuraram o governo chinês na quinta-feira (1º) para negociar as tarifas de 145% impostas por Trump em abril, que foram devidamente retaliadas pelos asiáticos.
Segundo uma nota do Ministério do Comércio da China, os EUA precisam “demonstrar sinceridade” se quiserem negociar. Para isso, os norte-americanos devem estar dispostos a “corrigir suas práticas equivocadas e cancelar as tarifas unilaterais”.
A pasta também afirmou que “usar conversas como pretexto para coação e extorsão não funcionaria”.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
Às 9h, o dólar operava em queda de 0,20%, aos R$ 5,6652. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
recuo de 0,17% na semana;
queda de 0,50% no mês; e
perda de 8,13% no ano.
Na quarta-feira, a moeda americana fechou em alta de 0,83%, aos R$ 5,6770.

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📈Ibovespa
O Ibovespa opera apenas a partir das 10h.
Na quarta-feira, o índice fechou em queda de 0,02%, aos 135.067 pontos.
Com o resultado, o índice acumulou:
alta de 0,24% na semana;
avanço de 3,69% no mês; e
ganho de 12,29% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
O mercado financeiro acordou mais otimista depois que a China demonstrou abertura em negociar. Desde que as tarifas foram anunciadas por Trump, Pequim vinha se mostrado inflexível, indicando que irá resistir e lutar, em vez de negociar.
O Ministério das Relações Exteriores comparou ceder às tarifas de Trump a “beber veneno”. A China mobilizou a condenação pública e global das restrições às importações, sem mostrar interesse em uma trégua.
Na quarta-feira, o dólar interrompeu uma sequência de oito quedas e encerrou a sessão cotado a R$ 5,67, conforme os primeiros efeitos das tarifas começaram a aparecer na economia norte-americana.
A maior surpresa foi o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, que registrou uma queda de 0,3% em taxa anualizada no primeiro trimestre, contrariando a alta de 0,3% prevista pelos analistas para o período.
🔎 A taxa anualizada mostra como a economia cresceria em um ano se o ritmo atual for mantido. Essa medida é usada para facilitar a comparação com o crescimento de outros períodos.
O resultado foi prejudicado pela enxurrada de produtos importados no país, após as empresas aumentarem suas compras no exterior para evitar os custos mais altos das tarifas de Trump. Em comparação, a economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 2,4% no quarto trimestre.
Segundo o Departamento do Comércio dos EUA, o déficit comercial de bens atingiu um recorde histórico em março, com empresários antecipando as importações.
Além disso, novos dados de inflação e emprego foram divulgados. O índice de preços PCE, considerado o favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para decisões sobre juros, subiu para 3,6% no período atual, contra 2,4% no trimestre anterior.
Por fim, o Relatório Nacional de Emprego da ADP, que mostra a criação de vagas de emprego no setor privado dos EUA, desacelerou mais do que o esperado em abril. Foram criados 62 mil postos de trabalho neste mês, contra previsão de 115 mil.

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