Página Inicial Saúde Canela pode afetar a eficácia de medicamentos – 09/05/2025 – Equilíbrio

Canela pode afetar a eficácia de medicamentos – 09/05/2025 – Equilíbrio

Publicado pela Redação

O consumo excessivo de canela pode interferir em alguns medicamentos, sugere um estudo recente. Publicado na revista Food Chemistry: Molecular Sciences, o estudo citou a falta de dados científicos sobre os efeitos da canela no metabolismo humano e questões sobre como a especiaria interage com medicamentos. O estudo não especificou qual quantidade equivale ao consumo excessivo, mas observou que, embora o consumo limitado possa ter benefícios para a saúde, o uso prolongado pode aumentar o risco de interações medicamentosas.

Houve um recente “aumento na popularidade da canela”, escrevem os pesquisadores, devido em parte a estudos que mostram seu potencial uso em pacientes com diabetes tipo 2 e outras condições. Uma previsão de 2024 descobriu que o mercado global de canela deve crescer US$ 412,9 milhões entre 2024 e 2028, crescimento atribuído em parte ao uso crescente da canela em produtos farmacêuticos.

Os pesquisadores simularam a digestão humana para determinar se e como a canela afeta o metabolismo de medicamentos, analisando tanto o óleo de canela quanto dois de seus componentes químicos, cinamaldeído e ácido cinâmico.

Quando digerido, o ácido cinâmico e o óleo de canela ativaram os receptores xenobióticos do corpo —mensageiros químicos que detectam e controlam o metabolismo de medicamentos.

Os pesquisadores dizem que o “consumo excessivo” de canela pode provocar a rápida eliminação de medicamentos prescritos do corpo, o que poderia afetar a capacidade de absorção de medicamentos prescritos.

Embora a extensão das potenciais interações com medicamentos prescritos ainda não esteja clara, os pesquisadores aconselham cautela para aqueles que consideram usar produtos concentrados de canela, como suplementos de canela, e recomendam que os pacientes conversem com seu médico antes de iniciar qualquer regime de suplementação.

“Sabemos que existe um potencial para o cinamaldeído ativar esses receptores que podem representar um risco para interações medicamentosas”, diz Bill Gurley, cientista principal do Centro Nacional de Pesquisa de Produtos Naturais da Universidade do Mississippi, em um comunicado à imprensa. “Isso é o que poderia acontecer, mas não saberemos exatamente o que acontecerá até realizarmos um estudo clínico.”

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