O novo serviço foi concebido para ser um triunfo para a Amazon, após vários atrasos na renovação da Alexa, na era dos chatbots de IA, como o ChatGPT. A empresa sinalizou sua importância ao levar o presidente-executivo Andy Jassy a um evento para a imprensa em fevereiro em Nova York, onde apresentou os recursos da Alexa+ e prometeu que os clientes começariam a receber acesso por convite no fim de março.
“Parece que não há ninguém que realmente a tenha”, disse Avi Greengart, analista-chefe da Techsponential, que participou do evento de anúncio da Alexa+.
“Isso se encaixa em um padrão de muitas empresas que anunciam serviços ou produtos quando estão muito perto de estarem prontos, mas não totalmente — essa última milha está muito mais longe do que eles previram”, acrescentou.
Em um esforço infrutífero para localizar usuários reais da Alexa+, a Reuters pesquisou dezenas de sites de notícias, YouTube, TikTok, X, BlueSky, Instagram e Facebook, na Meta, bem como o Twitch da Amazon. Também foram analisados os dispositivos de assistente de voz Echo, da Amazon.com. Duas pessoas que postaram no Reddit afirmaram ter usado o serviço, mas não forneceram à Reuters provas concretas e suas identidades não puderam ser confirmadas.
“Centenas de milhares de clientes agora têm acesso à Alexa+ — é claro que alguns são funcionários e suas famílias, mas a grande maioria são clientes que solicitaram acesso antecipado”, disse um porta-voz da Amazon. Isso representa um aumento em relação aos aproximadamente 100.000 usuários que a Amazon informou em 1º de maio.
A Amazon não disse por que não houve comentários ou reações públicas verificáveis ao novo serviço e se recusou a disponibilizar para uma entrevista qualquer usuário ativo da Alexa+. A empresa não exige acordos de confidencialidade em troca de acesso à Alexa+, disse um porta-voz.