Página Inicial Saúde América do Sul gastará trilhões com doenças evitáveis – 16/07/2025 – Equilíbrio e Saúde

América do Sul gastará trilhões com doenças evitáveis – 16/07/2025 – Equilíbrio e Saúde

Publicado pela Redação

As doenças não transmissíveis e os transtornos de saúde mental custarão à América do Sul mais de US$ 7,3 trilhões (cerca de R$ 40,6 trilhões) entre 2020 e 2050, afirmou nesta terça-feira (15) a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

Um relatório encomendado pela Opas e elaborado pela Universidade Harvard faz um alerta sobre essas doenças, entre as quais estão cânceres, diabetes e doenças cardiovasculares e pulmonares crônicas.

“As descobertas são contundentes: entre 2020 e 2050 projeta-se que as doenças não transmissíveis (DNT) e os transtornos de saúde mental custarão à América do Sul mais de US$ 7,3 trilhões em perdas de produtividade e gastos com cuidados médicos”, disse Jarbas Barbosa, diretor da organização.

Isso se deve, principalmente, a “mortes prematuras, deficiências e não participação na força de trabalho”, acrescentou ele em entrevista coletiva em Washington.

O valor equivale, segundo ele, ao PIB (Produto Interno Bruto) anual de toda a América Latina e o Caribe.

“São projetadas perdas econômicas enormes, que vão de US$ 88 bilhões [R$ 489 bilhões] no Uruguai até US$ 3,7 trilhões [R$ 20,6 trilhões] no Brasil”, detalhou.

O relatório tem foco em Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, mas as conclusões são válidas para toda a região e o mundo, diz a Opas.

De acordo com os últimos dados disponíveis, as DNTs são a principal causa de morte nas Américas, com 6 milhões de óbitos em 2021, quase 40% em pessoas menores de 70 anos.

Somente as doenças cardiovasculares e o câncer representam mais da metade dessas mortes, afirmou Barbosa.

“A diabetes está em crescimento” e estima-se que 43 milhões de pessoas com a doença “não podem acessar o tratamento de que precisam”, disse.

O aumento das DNT deve-se em grande parte ao envelhecimento da população e à exposição a fatores de risco.

“Hoje, 240 milhões de pessoas nas Américas vivem com uma DNT e todas precisam de atenção contínua, acessível e de qualidade, começando pela atenção primária“, afirmou o diretor do escritório para o continente americano da OMS (Organização Mundial da Saúde).

A boa notícia é que muitas dessas condições podem ser evitadas.

“Os principais fatores de risco são o consumo de tabaco, as dietas pouco saudáveis, a falta de atividade física, o consumo nocivo de álcool e a poluição do ar”, destacou Barbosa.

De acordo com o diretor da Opas, é urgente abordar essas questões porque as tendências são preocupantes.

“Aproximadamente 67,5% dos adultos nas Américas têm sobrepeso, muito acima da média mundial de 43,5%, e a região também apresenta os níveis mais altos de inatividade física, 35,6% frente a 31,3% no mundo”, disse.

O antídoto é amplamente conhecido: dietas saudáveis, atividade física, detecção precoce e melhoria no acesso aos tratamentos.

Você também pode gostar

Deixe seu Comentário