O departamento jurídico do América fará pedido nesta quinta-feira (22) junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para efeito suspensivo em relação ao meia Miguelito. O boliviano está punido pela entidade após acusação de injúria racial em partida da Série B do Campeonato Brasileiro.
No dia 4 de maio, o jogador do Coelho foi acusado do crime pelo atacante Allano, do Operário-PR, durante partida no estádio Germano Kruger, em Ponta Grossa-PR. Desde então, Miguelito chegou a ser preso, prestou depoimento na Polícia Civil e foi denunciado na esfera criminal pelo Ministério Público do Paraná.
Além disso, o jogador foi julgado pelo STJD e suspenso por cinco partidas, assim como sentenciado a pagar multa de R$ 2 mil. Dois jogos de suspensão já foram cumpridos, restando mais três compromissos da pena imposta.
Com o pedido de efeito suspensivo, o América espera contar com o boliviano na terça-feira (27), diante do Atlético-GO, no Independência, em Belo Horizonte, pela 9ª rodada da Série B. A decisão deve sair até esta sexta (23).
Relembre o caso
Miguelito foi preso em flagrante na noite do dia 4 de maio, após ser acusado de cometer injúria racial contra o atacante Allano, do Operário-PR , durante partida válida pela 6ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro . O caso aconteceu no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, no Paraná, e provocou a paralisação do jogo por cerca de 15 minutos.
Em súmula, o árbitro da partida, Alisson Sidnei Furtado, detalhou o episódio. Segundo ele, Allano o abordou aos 30 minutos do primeiro tempo e afirmou que foi chamado por Miguelito de “preto cagão”.
“Após a comunicação do atleta da equipe mandante, imediatamente foi realizado o protocolo antirracismo, em sua primeira etapa, a qual consiste na paralisação do jogo, realização do gestual antirracista e o anúncio feito no estádio, explicando o motivo da paralisação do jogo e que se o incidente não cessasse, a partida seria interrompida”, completou o árbitro no registro da súmula.
A partida foi retomada após cerca de 15 minutos de paralisação , sem punição em campo. Depois do duelo, entretanto, os envolvidos compareceram à delegacia, onde foi dada voz de prisão em flagrante a Miguelito.
O meia do América foi solto no dia 5 de maio, após audiência de custódia realizada no Fórum de Ponta Grossa.