Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão em desaceleração, apesar de os números continuarem altos na maior parte do país, segundo o boletim semanal InfoGripe, da Fiocruz.
Já foram notificados 133.116 casos de SRAG em 2025 e 7.660 óbitos, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (17), referentes à semana epidemiológica dos dias 6 a 12 de julho. Até o dia 18 de junho, haviam sido notificados 103.108 casos.
Dos casos notificados até 12 de julho, 52,9% foram positivos para algum vírus respiratório, sendo 26,8% por influenza A, 1,1% por influenza B, 45,9% por VSR, 22,3% por rinovírus e 7,3% por Covid-19. Das mortes, 53,7% foram positivos para algum vírus respiratório, sendo 54,7% causada por influenza A, 23,3% por Covid-19, 10,7% por VSR, 10,2% por rinovírus e 1,7% por influenza B.
Os dados apresentados indicam que o vírus sincicial respiratório (VSR) continua sendo o principal causador de SRAG em crianças, as mais afetadas pela doença. Já em idosos, a influenza A é a principal responsável.
Os casos associados ao VSR permanecem altos na maioria dos estados brasileiros, com exceção do Piauí, Tocantins e do Distrito Federal, onde há aparente melhora. O Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins são os únicos estados que apresentam a incidência da doença em nível de segurança.
pesar de a maior parte dos estados apresentarem tendência de queda ou estabilidade, Roraima e Alagoas apresentam ou aumento ou indícios de aumento de casos de SRAG em crianças, enquanto Paraíba, Minas Gerais e Pará mostram aumento ou indícios de aumento nos idosos. Os idosos são a população com o maior risco de morte por SRAG, devido à influenza A, que é a principal causa de hospitalizações e mortes nessa faixa etária.
Os casos em idosos seguem em níveis moderados a altos na maioria das unidades, com exceção do Goiás, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Alagoas, Sergipe, Maranhão e Paraíba. No Rio de Janeiro também foi possível notar um leve aumento de SRAG por Covid-19 em idosos.
18 capitais apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco: Aracaju, Belo Horizonte, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador e São Luís, sem tendência de crescimento no longo prazo. Apenas Vitória apresenta sinal de aumento na tendência de longo prazo.