“O nosso grande objetivo é, algum dia, tentar mudar a saliva das pessoas de forma a ajudá-las a ter dietas mais saudáveis”, disse a Tilt a química Cordelia A. Running, especialista em alimentos, pesquisadora da Universidade de Purdue e principal autora da pesquisa.
De acordo com a pesquisa de Running, algumas das proteínas na saliva são capazes de se ligar a compostos de sabor em alimentos e a células receptoras de gosto na boca. E isso daria sensações diferentes.
Mas, como nossa saliva pode ter diferentes composições protéicas, algumas pessoas podem sentir maior adstringência quando consomem vinho tinto, chocolates e outros alimentos.
“Se um dia pudermos mudar a expressão dessas proteínas, talvez consigamos atenuar sabores considerados ‘ruins'”, afirma a química.
“Por outro lado, a dieta de uma pessoa pode alterar a composição de sua saliva e, consequentemente, alterar a percepção do sabor dos alimentos”, afirma Running. “Isso explica por que as pessoas ‘adquirem gostos’ ao longo da vida para sabores específicos”.
Ou seja, com o devido cuidado, mudar a alimentação pode ser estimulado por um ciclo virtuoso: o contato frequente com novas comidas pode reconfigurar sua saliva para você passar a ter mais prazer com elas.