Página Inicial Tecnologia Como as relações podem sobreviver às distâncias (e ao junto) na modernidade

Como as relações podem sobreviver às distâncias (e ao junto) na modernidade

Publicado pela Redação

Aquele que se torna ausente ou menos disponível tende, muitas vezes, a adquirir um certo “bônus posicional”.

Quando a saída não é interpretada como tradição ou desamor, mas como uma aposta do casal, surge uma situação parecida à vivida por muitas mães com bebês: o pai chega após uma rotina de guerra e paz, com as quedas de braço e os tormentos de educar um filho, e recebe, sem esforço aparente, os louros e as doçuras de quem é percebido como “mercadoria escassa”, portanto mais valiosa.

Essa valorização do ausente pode, com o tempo, despertar ciúme, ressentimento e sensação de desvalorização.

Especialmente no início, parece que quem sai para viver novas experiências enfrenta desafios diferentes e tem acesso a “paisagens” inéditas, o que pode gerar um duplo sentimento de injustiça em quem permanece: sobrecarga de responsabilidades e a falta de reconhecimento.

No caso dos filhos, é fundamental incluí-los, na medida do possível, no projeto “mamãe (ou papai) vai, mas volta ainda melhor”. É essencial falar sempre com quem vai, fazer pequenos diários (que não sejam súmulas jurídicas), conversar sobre a ausência e a saudade.

Isso pode valer para casamentos em casas separadas

Por outro lado, muitos casais hoje optam por não morarem juntos, principalmente no segundo ou terceiro casamento, e a tecnologia aparece para gerir o cotidiano sem uma casa comum.

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