Fique atento ao seu entorno. Lau cita dispositivos específicos que copiam a radiofrequência do controle a uma distância de 50 metros enquanto a pessoa pressiona o botão. “O código é copiado, e o criminoso replica a sequência de frequência, permitindo a abertura do portão.” Segundo ele, qualquer proteção contra a clonagem impediria o funcionamento do controle. Assim, ele aconselha observar se existe alguém estranho nas proximidades da casa antes de abrir o portão.
Uma medida de proteção é desativar a ação automática de radiofrequência. “Se ninguém vai chegar na casa ou abrir o portão, dá para desabilitar o recurso. Isso tira certa conveniência, mas evita que alguém entre.”
Alguns modelos são mais fáceis de serem clonados. Existem sistemas em que o motor que abre o portão pode ser usado com qualquer controle vinculado a ele. O aparelho mantém o mesmo código de verificação, por exemplo: 1234. Quando a pessoa aperta o botão, esse sinal pode ser desviado. “É facilmente clonável, porque não tem codificação”, diz Rennyo Augusto, gerente geral de operações técnicas do Grupo Haganá.
Há sistemas mais seguros. Outro modelo muda o código de verificação a cada vez que a pessoa usa o controle remoto, invalidando o anterior. Se o primeiro código é 1234, o próximo será A1234, depois F1234. Nesse caso, a conexão não é direta entre controle e portão, mas intermediada por uma central de controle de acesso.
Câmeras desativadas
Antes de invadir a casa de Filippo, criminosos desligaram as câmeras de segurança internas. Lau afirma que o desligamento remoto só seria possível com um conhecimento prévio do sistema de segurança. “A pessoa já teria que saber como acessa a partir de endereço IP, porta de comunicação e credencial de acesso para instalar um app equivalente e ter a possibilidade do acesso ao sistema de câmeras para poder visualizar e desativar.”