Na dermatologia, a rosa mosqueta é conhecida pela ação sobre cicatrizes e no tratamento de estrias. Seu efeito anti-inflamatório faz com que a vermelhidão de uma lesão diminua e a cicatrização melhore.
“O ativo faz com que algumas células da inflamação, ao invés de só inflamarem a cicatriz, ajudem no processo de cicatrização. Alguns trabalhos já demonstram essa melhora”, afirma a dermatologista Laura Bertanha, doutora pela Unicamp.
“Quando você tem uma ferida e ela abre, primeiro vêm as células para fazer a hemostasia, ou seja, parar de sangrar. Depois disso vêm as células inflamatórias para produzir o colágeno que vai juntar, cicatrizar essa ferida. Para o organismo é bom que venha um monte de células para parar de sangrar a ferida e ela fechar, mas no processo estético essa inflamação exacerbada pode levar a uma cicatriz hipertrófica, alta, muito vermelha ou até a um queloide”, afirma.
Então, todo remédio que tiver uma função anti-inflamatória para controlar essa exacerbação pode melhorar a evolução da cicatriz, explica a médica.
Mas a aplicação do produto em feridas abertas não é recomendável. Primeiro, é necessário limpar e tratar o local com algum produto antibacteriano. O óleo de rosa mosqueta deve ser usado duas vezes ao dia, por um longo tempo.
“A cicatrização de uma ferida demora de seis meses a um ano —alguns autores consideram um ano e meio. Então, você pode ter o aparecimento de queloide até um ano e meio depois da ferida”, diz Bertanha.
É importante, no entanto, ter o diagnóstico da ferida com um especialista. “Se a pessoa não lembra de ter machucado, pode ser um tumor de pele e usar por conta própria algum cicatrizante não vai resolver e o paciente deixa de fazer o tratamento adequado”, ressalta.
A reportagem viajou à Bariloche, na Argentina, para conhecer o cultivo da planta rosa rubiginosa cuja flor aparece somente no final da primavera e no verão. No mês de maio, no parque nacional Nahuel Huapi, é possível encontrar os frutos vermelhos —que se desenvolvem melhor em regiões com clima frio e temperado. É a partir das suas sementes que são produzidos os óleos, cremes e as geleias, por exemplo.
Um teste para avaliar a melhora das cicatrizes e o efeito hidratante do óleo de rosa mosqueta foi feito em 2024. Nele, participaram 23 voluntários de 18 a 60 —maioria mulheres— de vários tipos de pele, acompanhados por um dermatologista.
Os participantes foram divididos em dois grupos: um usou Bepantol Derma Rosa Mosqueta no antebraço e nas cicatrizes, e o outro, nada. Como foi um estudo cego, os envolvidos desconheciam a natureza do tratamento e do produto. O produto contém também o dexpantenol, que age na hidratação e regeneração da pele.
Os voluntários que utilizaram o creme apresentaram melhora da elasticidade da pele, o que foi comprovado com um aparelho chamado cutômetro.
“Melhorou a textura, o tom e a aparência da cicatriz. Os voluntários responderam um questionário aos 30 e 60 dias do teste. Eles disseram que o produto reduziu a pigmentação escura da cicatriz, uniformizou o tom da pele, suavizou a textura áspera da cicatriz, proporcionou hidratação”, afirma a especialista em cosmetologia Marilia Sprandel, gerente médica de Bepantol Derma.
O hidratante não foi estudado em estrias, mas como elas são consideradas pelos dermatologistas como um tipo de cicatriz, a hipótese é que a ação do produto seja positiva sobre elas.
A Bayer pretende continuar as pesquisas com o Bepantol Derma Rosa Mosqueta em gestantes e lactantes, e para avaliar a ação em áreas escurecidas e diferentes tipos de manchas, como as de pós-acne e de melasmas, por exemplo.
A repórter viajou a Bariloche a convite da Bayer
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