Página Inicial São Paulo De sorteio de carro a prisão: entenda caso de chefe que demitiu funcionária

De sorteio de carro a prisão: entenda caso de chefe que demitiu funcionária

Publicado pela Redação

O nome do empresário Rodrigo Morgado começou a circular na imprensa após uma disputa sobre um carro sorteado após uma funcionária ser demitida, e voltou à tona após a prisão dele durante uma operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas.

O empresário Rodrigo Morgado, dono da empresa de contabilidade Quadri Contabilidade, localizada em Santos, no litoral de São Paulo, foi preso em flagrante pela Polícia Federal na manhã da última terça-feira (29) durante a Operação Narco Vela. A prisão ocorreu após agentes encontrarem uma arma em seu veículo durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

A operação, que mobilizou mais de 300 policiais federais e 50 policiais militares em cinco estados brasileiros (São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa Catarina), além de contar com o cumprimento de mandados nos Estados Unidos, Itália e Paraguai, já resultou na prisão de 23 pessoas.

Segundo a PF, a organização criminosa utilizava equipamentos satelitais e embarcações como barcos e veleiros para o envio de drogas, principalmente para a Europa e África.

Uma Ferrari modelo 296 GTB e uma uma Lamborghini Urus, que, segundo a Polícia Federal, pertencem ao empresário, foram apreendidas durante a operação.

A prisão de Rodrigo Morgado ganha destaque em meio a uma recente polêmica envolvendo sua empresa e uma ex-funcionária, identificada como Larissa Amaral da Silva.

Larissa alega ter sido sorteada com um Jeep Compass em um sorteio interno no final de 2024, veículo avaliado em mais de R$ 100 mil. No entanto, após ser demitida, ela afirma que o carro foi retirado pela empresa sem sua autorização, mesmo com o processo de transferência de documentos em andamento.

A ex-funcionária relata ainda que o veículo apresentava diversos defeitos mecânicos, gerando gastos de aproximadamente R$ 10 mil, que não foram reembolsados pela empresa.

Ela também afirma que a Quadri Contabilidade impôs condições para que ela mantivesse o prêmio, como o cumprimento de metas e a organização de campanhas por conta própria.

Em nota divulgada nas redes sociais, a defesa da Quadri Contabilidade nega que o veículo tenha sido doado em definitivo, alegando que ele fazia parte de uma campanha de metas com duração de 12 meses. Uma tentativa de acordo entre as partes não obteve sucesso, e o caso deverá ser decidido na Justiça.

Rodrigo Morgado

Além de empresário, Rodrigo Morgado se apresentava como “Contador e Empreendedor” nas redes sociais, onde possui mais de 45 mil seguidores. Ele também divulgava um curso online intitulado “O destrave”, com valores que variavam entre R$ 299,00 e R$ 2.299,00, no qual ele era a figura principal.

Cursos vendidos por Rodrigo Morgado • Reprodução

Nas redes sociais, Morgado ostentava um estilo de vida de alto padrão, com publicações de viagens internacionais, fotos em helicópteros e lanchas. Durante a operação da PF, foram apreendidos dois veículos de luxo que, segundo a polícia, pertencem ao empresário: uma Ferrari modelo 296 GTB e uma Lamborghini Urus.

A CNN tentou contato com a defesa de Rodrigo Morgado, mas não obteve retorno até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.

Você também pode gostar

Deixe seu Comentário