Página Inicial Política Desafio do desodorante reacende debate sobre redes sociais no Congresso

Desafio do desodorante reacende debate sobre redes sociais no Congresso

Publicado pela Redação

Nesta semana, uma menina de 8 anos, Sarah Raíssa Pereira, faleceu ao inalar desodorante em um suposto desafio do TikTok. O caso reacendeu um alerta, não só na sociedade, mas também no Congresso Nacional acerca do tema.

Com a repercussão do ocorrido, dois senadores protocolaram projetos de lei sobre o assunto. Leila do Vôlei (PDT-DF) quer criminalizar a indução, instigação ou auxílio à participação de crianças e adolescentes em desafios perigosos e que possam, justamente, colocar em risco a vida desses jovens.

Na mesma linha vai o senador Alessandro Vieira (MDB-RS) que, por sua vez, reforçou a importância da aprovação de um projeto de sua autoria e que trata da segurança dessas crianças em ambientes digitais. Essa proposta já foi aprovada pelo Senado e está, atualmente, em tramitação na Câmara dos Deputados.

Na Câmara, a deputada Maria do Rosário ressaltou a importância de se instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar crimes praticados contra crianças e adolescentes em redes sociais por grupos e, ou organizações criminosas.

“A intenção desta CPI é justamente redobrar o olhar, o cuidado, a atenção e a segurança das nossas crianças e adolescentes. Mas, para isso, é preciso ouvir a sociedade e entender junto aos familiares e professores a realidade vivida dentro das casas e espaços de ensino. Este fenômeno é complexo e exige respostas também institucionais”, afirma a deputada.

De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto DimiCuida, ao longo dos últimos dez anos, 56 mortes de crianças e adolescentes foram registradas em decorrência de desafios virtuais.

“Não podemos normalizar que a internet seja um ambiente onde tudo é permitido. A morte de Sarah, assim como a de tantas outras crianças e adolescentes, não pode ser em vão. É preciso responsabilizar quem cria, divulga ou instiga esse tipo de conteúdo perigoso”, diz a senadora Leila.

Para Alessandro Vieira, o tema é um “problema global”. “É um problema global e não podemos mais permitir que nossos jovens se desenvolvam em um ambiente sem segurança. O PL 2628 coloca as empresas no centro da responsabilidade e exige que elas considerem a segurança dos jovens desde o momento em que desenvolvem produtos ou oferecem acesso”, alega.

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