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Dólar abre em baixa, com mercado de olho em decisões de juros do Copom e do Fed

Publicado pela Redação


No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,37%, cotada a R$ 5,7102. Já a bolsa encerrou com um leve avanço de 0,02%, aos 133.516 pontos. Dólar
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O dólar abriu em leve baixa nesta quarta-feira (7), dia de decisões sobre as taxas básicas de juros do Brasil e dos Estados Unidos — tema que toma conta das atenções dos investidores neste pregão.
A primeira decisão vem dos EUA, com o fim da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) previsto para às 15h. Lá, a expectativa é que a instituição mantenha suas taxas de juros inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano.
O destaque, porém, não deve ser nem o percentual das taxas em si, mas sim o que os membros do Fed podem sinalizar no comunicado divulgado logo após a reunião.
Esse documento mostra o que as autoridades monetárias do país discutiram para tomar sua decisão e o que está no radar do Fed para os próximos meses, com possíveis pistas de quais podem ser os próximos passos do BC americano na condução dos juros.
Há expectativa de que o Fed fale sobre o tarifaço do presidente americano, Donald Trump, que trouxe novas perspectivas de alta da inflação no país, ao passo que a atividade econômica pode sofrer com o esperado aumento nos preços dos produtos importados.
No Brasil, por outro lado, o mercado espera um novo aumento na taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano, conforme o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC brasileiro já havia sinalizado em sua última reunião, em março.
Será a sexta alta consecutiva dos juros, em uma tentativa do BC de controlar a inflação, que encerrou 2024 acima da meta de 3%. As projeções do mercado apontam para uma alta de 0,50 ponto percentual, o que levaria a taxa Selic para 14,75% ao ano. A decisão deve sair por volta das 18h30.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
Às 09h10, o dólar caía 0,17%, cotado a R$ 5,7004. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana fechou em alta de 0,37%, aos R$ 5,7102.
Com o resultado, acumulou:
alta de 1,00% na semana;
avanço de 0,58% no mês; e
perda de 7,60% no ano.

a
📈Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,02%, aos 133.516 pontos.
Com o resultado, o índice acumulou:
recuo de 1,20% na semana;
queda de 1,15% no mês; e
ganho de 11,00% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
O Copom havia previsto em sua última reunião que faria uma nova alta na taxa Selic, de menor magnitude que a anterior, que foi de 1 ponto percentual. Mas não se sabe de quanto.
Daniel Cunha, estrategista-chefe da BGC Liquidez, diz que a atenção dos mercados estará em como o BC brasileiro vai encaminhar o final do ciclo de altas de juros iniciado no ano passado.
“As ansiedades estão grandes. Há cenários que contemplam uma alta de 0,25 p.p. e para, com Selic em 14,50%, e outros que preveem mais dois aumentos de 0,50 p.p., chegando a 15,25%. Faz muito tempo que não chegamos para uma reunião com uma amplitude tão grande dos agentes”, diz Cunha.
Para a XP Investimentos, “a dúvida reside na comunicação para a próxima reunião, isto é, se indicarão ou não altas de juros adiante”.
Nos EUA, a previsão do mercado é que o Fed mantenha as taxas inalteradas. Segundo a XP, o mercado estará atento às “sinalizações futuras, ante cenário mais desafiador para crescimento econômico e inflação, após as escaladas tarifárias recentes”.
As tarifas de Trump sobre produtos importados que chegam aos EUA aumentam a inflação prevista no país — já que podem deixar tudo mais caro —, além de gerar uma desaceleração da economia, com a redução no consumo.

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