De acordo com a revista People, o cantor canadense pagará US$ 31,5 milhões a Scooter Braun, num desfecho que envolve adiantamentos, comissões não pagas e o cancelamento da turnê Justice, em 2022
Após anos de parceria e meses de tensão nos bastidores, Justin Bieber e seu ex-empresário Scooter Braun chegaram a um acordo financeiro que encerra oficialmente a relação profissional entre os dois. De acordo com a revista People, o cantor canadense pagará 31,5 milhões de dólares a Braun, num desfecho que envolve adiantamentos, comissões não pagas e o cancelamento da turnê Justice, em 2022. O site TMZ noticiou o anúncio do acerto na última quinta-feira (10), véspera do lançamento de Swag, novo álbum de Bieber – o primeiro desde Justice, de 2021.
A origem da disputa: turnê cancelada e dívida milionária
O ponto de ruptura entre os dois começou com a turnê Justice, prevista para 2022. Bieber recebeu um adiantamento da AEG Presents no valor de 26 milhões de dólares, mas a turnê foi cancelada. A HYBE, empresa que comprou a SB Projects, de Braun, cobriu os custos para evitar o prejuízo da produtora. Mais tarde, a AEG exigiu o reembolso, e Bieber se comprometeu a devolver o valor a Braun e à HYBE. Contudo, o cantor teria feito apenas um pagamento parcial. O novo acordo prevê que Bieber quite os 26 milhões de dólares da dívida inicial e adicione outros 5,5 milhões de dólares referentes à metade de 11 milhões de dólares em comissões que teriam sido devidas a Braun ao longo dos anos de gestão da carreira. Com isso, o total a ser pago chega a 31,5 milhões de dólares, cerca de R$ 175, 5 milhões.
Sinais de rompimento
Apesar do anúncio recente, os sinais de que a parceria estava em crise surgiram há mais de um ano. Em 2023, a revista People noticiou que os dois não se falavam há meses e que Bieber estava gravando seu novo álbum sem o envolvimento de Braun. Já em janeiro deste ano, fãs notaram que o cantor havia deixado de seguir o empresário nas redes sociais. O próprio Braun comentou a mudança em junho, durante um episódio do podcast The Diary of a CEO. “Trabalhamos juntos por tanto tempo e tivemos um sucesso extremo. Mas acho que chega uma hora em que você quer mostrar que consegue sozinho. Eu respeito completamente isso”, afirmou. Braun, que já gerenciou artistas como Ariana Grande e Demi Lovato, anunciou em 2024 que estava se aposentando da gestão musical.

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Histórico de controvérsias
O fim da parceria acontece em meio a um contexto mais amplo de controvérsias envolvendo Braun. Em 2019, ele comprou os direitos das gravações originais de Taylor Swift, o que desencadeou uma disputa pública. A cantora o acusou de praticar “bullying incessante e manipulador” e afirmou que ele vendeu seu legado musical a pessoas que “tentaram destruí-la”. Em meio à polêmica, Bieber se manifestou nas redes sociais para defender seu então empresário. O cantor pediu desculpas por uma antiga publicação no Instagram que havia sido considerada ofensiva por Swift e afirmou que a legenda e a publicação foram de sua autoria, e que Braun, ao contrário do que foi sugerido, o aconselhou a não brincar daquela forma.
Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações do Estadão Conteúdo