O estado de São Paulo confirmou cinco casos autóctones (quando a contaminação ocorre no local) de dengue tipo 4 na região de Bauru, interior paulista. Um deles está em investigação. Os pacientes passam bem.
Segundo Regiane de Paula, responsável pela Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, o sorotipo 4 foi identificado após o trabalho realizado por uma das 71 unidades sentinela distribuídas no estado paulista e um dos institutos Adolfo Lutz regionais. Os serviços fazem um monitoramento constante para identificarem a introdução de um novo subtipo.
“A unidade sentinela —que pode ser uma UBS, uma UPA, um hospital, um pronto-socorro, por exemplo— envia a amostra coletada ao Instituto Adolfo Lutz regional ou central. Fazemos toda a vigilância genômica para identificar qual vírus está em circulação”, explica.
Implementada pelo governo de São Paulo, as unidades sentinela realizam a coleta de duas a cinco amostras por semana dos pacientes atendidos que preenchem os critérios de caso suspeito de dengue, como febre alta, dor atrás dos olhos, dor de cabeça etc., até o quinto dia do início dos sintomas.
O sorotipo 4 da dengue circula nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, divisa com São Paulo.
Para Regiane de Paula, por enquanto não há risco da introdução do tipo 4 se estabelecer. “Em todos os anos, a circulação foi pequena, mas como estamos numa epidemia, trabalhamos sempre com alerta para toda a população. Tivemos dengue 4 circulando em 2013, 2014 e 2015, de forma importante. Depois, há uma queda acentuada e volta a circular em 2019, 2020, 2021 e 2022. Some em 2023, 2024 e reaparece em 2025”, afirma.
Até o meio-dia desta segunda-feira (7), o estado de São Paulo confirmou 409.392 casos de dengue e 390 mortes. Permanecem em investigação 113.245 infecções e 475 óbitos.