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estudo revela receitas da Idade Média

Publicado pela Redação

Cravo e pimenta-do-reino, por exemplo, podiam vir de lugares tão distantes quanto a Indonésia. Canela, do Sri Lanka. Cominho e açafrão, da Pérsia. O uso desses ingredientes demonstra o intenso comércio de longa distância entre a Europa, a África e a Ásia, convidando-nos a repensar o quão global era o mundo medieval.
Comunicado oficial da Universidade de St. Andrews

Os cuidados com a saúde, como as dietas para prevenir doenças, eram difundidos nos textos. Segundo o estudo, os manuscritos promoviam a importância de um estilo de vida disciplinado como a melhor maneira de se manter saudável. A moderação era uma prática estimulada, assim como o consumo de alimentos sazonais.

Nos textos dos manuscritos, os pesquisadores encontraram a descrição de um conjunto de produtos de beleza. Entre os itens, estava o xampu de lagarto. Segundo os historiadores, a indicação da receita é “surpreendente”, já que os textos haviam sido copiados por monges —que não tinham cabelos, mas disseminavam o uso do produto.

Os conteúdos que mais intrigaram os pesquisadores foram textos pagãos, como o “Esfera de Pitágoras”. Considerados como “textos prognósticos”, ou seja, textos que buscam prever algum tipo de resultado, estes conteúdos tinham como objetivo antever eventuais doenças e adivinhar até mesmo o sexo de um bebê.

Para os pesquisadores, o projeto pode auxiliar a análise da Idade Média por uma “luz mais positiva”. Conforme o estudo, as pessoas da época valorizavam o conhecimento e buscavam sanar suas curiosidades e repassá-las adiante. Segundo o comunicado oficial, os autores planejam publicar um livro para fazer com que as descobertas sejam acessíveis e um público maior. Além disso, os historiadores vão publicar edições e traduções dos manuscritos para incentivar eventuais novos pesquisadores da área.

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