Página Inicial Saúde Fim da Aids até 2030 está distante após cortes de Trump – 13/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

Fim da Aids até 2030 está distante após cortes de Trump – 13/06/2025 – Equilíbrio e Saúde

Publicado pela Redação

Os cortes de Donald Trump nos programas de HIV/Aids irão descarrilar ainda mais um plano já vacilante para acabar com a doença como ameaça à saúde pública até 2030, disse a diretora executiva da Unaids (agência da ONU que coordena a resposta global à epidemia de HIV/Aids), Winnie Byanyima, nesta sexta-feira (13).

Com 1,3 milhão de novas infecções em 2023, de acordo com os dados mais recentes, o mundo já estava “fora do caminho”, disse Byanyima a jornalistas na África do Sul, país com o maior número de pessoas vivendo com HIV no mundo, 8 milhões.

“Menos financiamento significa que ficaremos cada vez mais fora do caminho”, disse ela na principal cidade de Joanesburgo, após se reunir com o presidente Cyril Ramaphosa para discutir a estratégia africana contra o HIV/Aids à luz dos cortes de bilhões de dólares em ajuda externa pelo presidente dos EUA em fevereiro.

“Ainda não sabemos qual será esse impacto, mas haverá impacto: já se vê em vários países uma queda no número de pessoas que vão às clínicas”, disse Byanyima.

Antes dos cortes, os programas de prevenção haviam reduzido novas infecções, disse ela, mas “não estavam diminuindo rápido o suficiente para atingir nossa meta de 2023.”

Agora, com o fechamento de clínicas comunitárias de prevenção em toda a África, as infecções certamente aumentariam, embora ainda não estivesse claro em quanto, disse ela.

A decisão da administração de cortar grandes partes da ajuda externa dos EUA interrompeu o fornecimento de tratamentos vitais contra o HIV, com alguns países potencialmente ficando sem estoque. Na África do Sul, onde cerca de um quinto do orçamento para HIV era financiado pelos EUA, os testes e o monitoramento de pacientes com HIV já estão diminuindo.

Byanyima disse que mesmo países pobres e endividados estavam conseguindo preencher as lacunas de financiamento, mas pediu que outras nações ricas interviessem.

“Estamos dizendo aos doadores: esta é uma das doenças… sem cura, sem vacina, mas estamos vendo progresso”, disse ela. “Se você tem uma boa história de sucesso, por que abandoná-la… antes de terminá-la?”

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