Esse é outro sinal de que o setor de criptomoedas, em rápida expansão, está migrando para negócios tradicionais e ampliando os investimentos em ativos físicos.
“O setor de criptomoedas está cada vez mais focado em fazer a ponte entre as finanças digitais e os ativos tangíveis”, disse Joe Sticco, presidente-executivo da Cryptex Finance, uma empresa que criou índices que refletem os valores de mercado das criptomoedas.
Ele disse que, ao adicionar ativos geradores de renda, como terras agrícolas ou fábricas de processamento de alimentos, a Tether poderia fortalecer seu balanço patrimonial e oferecer uma proteção contra a inflação.
O principal segmento de negócios da Tether é o USDT, uma moeda digital lastreada principalmente em títulos do Treasury dos EUA. Lançado em 2014, o USDT cresceu acentuadamente em volumes de negociação em meio ao crescente interesse em criptomoedas e preços de tokens.
O USDT é uma forma de fazer pagamentos fora do sistema financeiro global tradicional. A grande diferença entre o USDT e o bitcoin ou outra criptomoeda como o ethereum é que o USDT foi projetado para acompanhar o dólar norte-americano, a moeda que domina o comércio global.
Até o momento, a Tether emitiu US$143 bilhões em USDT e, em seu relatório do primeiro trimestre, informou que possui US$149 bilhões em reservas, incluindo US$120 bilhões em títulos do Treasury dos EUA.