O governo federal oficializou na noite desta sexta-feira (2) a saída de Carlos Lupi (PDT) do comando do Ministério da Previdência Social. A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Também foi publicada no DOU a nomeação do ex-deputado federal Wolney Queiroz (PDT), que vai assumir o ministério no lugar de Lupi. Queiroz era o secretário-executivo do Ministério da Previdência Social.
Carlos Lupi, presidente nacional licenciado do PDT, pediu demissão em meio ao escândalo envolvendo fraudes de aproximadamente R$ 6 bilhões no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em publicação no X, Lupi agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela “confiança” e disse que a decisão de se demitir foi tomada “com a certeza” de que não há envolvimento entre ele e as investigações em curso, comandadas pela Controladoria-Geral da União e pela Polícia Federal (PF).
“Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula”, escreveu Lupi nas redes sociais.
O ex-ministro também disse esperar que as investigações “sigam seu curso natural, identificando responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”.
Fraude no INSS
A Polícia Federal identificou descontos associativos em aposentadorias e pensões que não foram autorizados. Os valores são pagos mensalmente a entidades e sindicatos que representam os aposentados e pensionistas.
Por conta da operação, foram afastados cinco servidores do INSS e um policial federal por determinação judicial.
De acordo com atas de uma reunião realizada com uma conselheira, em junho de 2023, Lupi foi alertado sobre indícios de irregularidades em descontos na folha de pagamento de aposentados.