A meta da China é se tornar líder global em inteligência artificial até 2030. Para alcançar esse objetivo, o país liderado por Xi Jinping traçou um plano ambicioso que está sendo posto em prática desde 2017. As ações incluem também tornar obrigatório o ensino de IA na educação básica.
A partir de 1º de setembro de 2025 – quando se inicia um novo período letivo no país -, estudantes de 6 a 15 anos terão pelo menos oito horas de aulas sobre IA por ano. Começando com uma proposta mais lúdica, à medida em que os alunos forem avançando nas séries, os conteúdos vão se tornando mais complexos, envolvendo aprendizado de máquina, robótica e até mesmo questões éticas e sociais.
Essas discussões todas estão à luz de uma discussão mais ampla da disputa geopolítica em torno da IA, desde proibição de chip até elementos de tarifa, mas mostrando que está claro que educação é importante para esses países como parte de uma estratégia e deveria ser mesmo
Guilherme Cintra
‘Precisamos discutir como a IA vai entrar na escola’
A lei 15.100, promulgada em janeiro deste ano, restringiu a presença de dispositivos eletrônicos no ambiente escolar. Na sala, os celulares só poderão ser usados durante atividades pedagógicas. Guilherme Cintra, diretor de Tecnologia e Inovação na Fundação Lemann, avalia, contudo, que essa restrição deve vir acompanhada de uma reflexão maior sobre o uso de tecnologia em sala de aula.