Página Inicial Tecnologia “IA não te faz ser mais criativo”

“IA não te faz ser mais criativo”

Publicado pela Redação

O uso de inteligência artificial em propagandas para a TV aberta vem ganhando espaço. Segundo Paulo Aguiar, a quantidade de cases está crescendo rapidamente e a tendência é que cada vez mais campanhas feitas com IA ocupem as telas. No entanto, o ponto central para ele é: com IA ou sem IA, a ideia precisa ser boa. Para Paulo, o impacto do surgimento e da popularização de ferramentas de IA na publicidade já é significativo. Grandes equipes agora podem ser substituídas por poucos profissionais que dominem as ferramentas. E essa transformação afeta todas as funções, inclusive a de gestores e supervisores. Mas, essa mudança altera também a percepção de valor do conteúdo produzido apenas por seres humanos. Na medida em que a inteligência artificial se torna a regra do jogo, produções 100% humanas tendem a ser mais caras e, ao mesmo tempo, poderão carregar um selo de autenticidade que se tornará um diferencial competitivo.

IA facilita o trabalho dos medíocres, mas também ajuda quem busca a excelência.

Para Paulo Aguiar, dominar o uso de chatbots como o ChatGPT e o Gemini é o primeiro passo para quem quer mergulhar no universo criativo da inteligência artificial. A partir daí, ferramentas como Midjourney ajudam a materializar ideias em imagens, enquanto Cling e Veo3 (apesar do preço salgado) abrem caminho para vídeos. O Suno entra no processo de criação de trilhas sonoras. O cardápio é vasto, mas o verdadeiro desafio está na consistência, já que a IA pode entregar algo completamente diferente a cada prompt. No dia a dia de Paulo, a IA está em todas as etapas do processo criativo. Tudo começa com uma ideia, um “e se?”, seguido de prompts no Gemini para pensar cenas que podem ser gravadas em casa. A etapa dos roteiros mostra bem as limitações das ferramentas: são necessários 10 ou 20 textos, que depois são reescritos por ele. A IA brilha nos prompts técnicos, mas na edição o trabalho humano continua insubstituível. No fim do dia, as novas tecnologias funcionam como amplificadores. Produzir algo “mais ou menos” ficou muito mais fácil e rápido. Por outro lado, para quem sabe o que busca, mas não domina as ferramentas, a IA é maravilhosa.

Paulo Aguiar: “Depois do prompt, vem o bom gosto”

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