Página Inicial Negócios IBGE lança mapa-múndi invertido com Brasil no centro; objetivo é 'ressaltar liderança' em fóruns internacionais, diz presidente

IBGE lança mapa-múndi invertido com Brasil no centro; objetivo é 'ressaltar liderança' em fóruns internacionais, diz presidente

Publicado pela Redação


Marcio Pochmann, presidente do órgão, diz que mapa reflete protagonismo do país em blocos, como Brics e Mercosul, e na COP 30. Sua gestão no instituto tem enfrentado crises internas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta quarta-feira (7) uma nova versão do mapa-múndi com o Brasil no centro. A imagem é chamada de “mapa invertido”.
Segundo o órgão, o mapa destaca os países que integram os Brics, o Mercosul, as nações de língua portuguesa e o bioma amazônico.
Também estão sinalizadas cidades brasileiras ligadas a fóruns internacionais: o Rio de Janeiro, como capital dos Brics; Belém, como sede da COP 30; e o Ceará, onde ocorrerá o Triplo Fórum Internacional da Governança do Sul Global.
“A novidade busca ressaltar a posição atual de liderança do Brasil em importantes fóruns internacionais como o Brics e o Mercosul e na realização da COP 30 no ano de 2025”, afirmou o presidente do instituto, Marcio Pochmann, em uma rede social.
Ele também declarou que o mapa-múndi invertido “estimula a reflexão sobre como nos vemos nesse novo mundo em que as transformações ocorrem mais rapidamente e exigem um protagonismo brasileiro ainda maior”.
Mapa-múndi com Brasil no centro
IBGE
Pochmann está no centro de uma crise dentro do IBGE, órgão responsável por indicadores econômicos como o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação oficial.
Em janeiro, mais de 600 servidores assinaram uma carta aberta acusando o presidente do instituto de autoritarismo. Técnicos temem a perda de credibilidade do órgão.
Na época, Pochmann afirmou que os servidores que o criticam estariam mentindo. A fala agravou ainda mais a tensão interna.
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O que são os Brics
O Brics, citado por Pochmann, é um grupo formado por 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Segundo o site oficial do grupo, ele “serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas”.
No fim do ano passado, o então eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu que os países membros do Brics se comprometam a não criar uma nova moeda ou apoiar um substituto do dólar, sob pena de sofrerem tarifas de 100%.
Em abril, diante da guerra comercial entre Estados Unidos e China, o governo chinês passou a pressionar por uma reunião extraordinária dos ministros de Comércio do Brics. O objetivo é discutir os impactos das tarifas norte-americanas.
Para isso, a China tenta convencer o Brasil — que ocupa a presidência rotativa do grupo — a convocar o encontro.
O que é o Mercosul
O Mercosul é um bloco comercial criado para promover a integração regional. Foi formado originalmente por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
Mais tarde, a Venezuela foi incorporada, mas está suspensa por ruptura da ordem democrática. Em 2024, a Bolívia entrou oficialmente no grupo.
Diante das novas barreiras comerciais impostas pelos EUA, o bloco tem buscado aproximação com a Europa.
Após 25 anos de negociações, o Mercosul fechou, no fim de 2024, um acordo de livre comércio com a União Europeia. O tratado prevê a redução de tarifas e maior facilidade para investimentos.
O acordo, no entanto, ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos nacionais de todos os países do bloco para entrar em vigor.
COP 30 será em Belém
A COP 30, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, está prevista para novembro deste ano, em Belém (PA).
O encontro deve discutir medidas para conter o avanço da crise climática global. A principal meta é implementar o Acordo de Paris, firmado em 2015, que estabelece o limite de 2°C no aquecimento global até o fim do século.
Para isso, é considerado essencial ampliar os investimentos em preservação ambiental nos países em desenvolvimento. O objetivo é alcançar um volume de financiamento internacional de até US$ 1 trilhão por ano.

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