Técnica alcança dois objetivos: ajuda a tratar o esgoto de forma sustentável e, ao mesmo tempo, gera um produto valioso. Segundo os cientistas, cada litro de urina pode render 1 grama de hidroxiapatita em menos de 24 horas. Pesquisa foi financiada por órgãos ligados ao governo dos Estados Unidos, como o Departamento de Energia, a Força Aérea e a DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa).
Por um lado, ele ajuda a remover a urina humana dos sistemas de esgoto, mitigando a poluição ambiental e o acúmulo de nutrientes indesejados. Por outro, produz um material que pode ser comercializado para diversas aplicações David Kisailus, coautor do estudo e professor da Universidade da Califórnia, em comunicado
O método também é barato e escalável. A levedura pode ser cultivada em grandes tanques, a baixas temperaturas, como acontece na produção de cerveja.
Esse processo para produzir hidroxiapatita, o mineral do osso, leva menos de um dia. Como utiliza levedura como base, algo barato e cultivável em grandes tanques a baixas temperaturas (pense em cerveja feita por fermentação), é um método que dispensa grandes estruturas industriais. Isso o torna especialmente acessível para países em desenvolvimento David Kisailus
Além dos implantes médicos, os pesquisadores acreditam que o material pode ser usado em outras áreas. Entre as possibilidades estão a restauração de peças arqueológicas, a substituição de plásticos por materiais biodegradáveis e até aplicações na construção civil. O próximo passo da equipe é adaptar a técnica para impressoras 3D, o que permitirá a criação de peças personalizadas para uso médico e industrial.