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IPCA-15: preços sobem 0,36% em maio, puxados por alta da energia elétrica e remédios

Publicado pela Redação


É a menor alta para o mês desde 2020. Em 12 meses, a prévia da inflação acumula alta de 5,40%, abaixo dos 5,49% registrados até abril. IPCA-15: preços sobem 0,36% em maio, puxados por alta da energia elétrica e remédios
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, aponta que os preços subiram 0,36% em maio. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa é a menor alta para o mês desde 2020, quando os preços caíram 0,59%, de acordo com o IPCA-15. Nos quatro anos seguintes, foram registrados avanços de 0,44%, 0,59%, 0,51% e 0,44%, respectivamente.
Nos últimos 12 meses, a alta acumulada do IPCA-15 é de 5,40%, abaixo dos 5,49% registrados até abril. De janeiro até agora, os preços subiram, em média, 2,80%. Em abril, o indicador avançou 0,43%.
Segundo o IBGE, o que mais pesou sobre a prévia da inflação foram os grupos de Vestuário, com uma alta de 0,92%, seguido de Saúde e cuidados pessoais (0,91%) e Habitação (0,67%). Por outro lado, o grupo Transportes registrou a principal queda (-0,29%).
▶️ O resultado de Habitação pode ser explicado pela bandeira amarela nas contas de luz, que aumentou os preços da energia elétrica no país por causa da redução das chuvas.
▶️ Já em Saúde e cuidados pessoais, o resultado foi influenciado pelo reajuste nos preços dos medicamentos, que entrou em vigor em 31 de março.
▶️ Em Transportes, houve queda nas passagens aéreas, além de isenções nas tarifas de ônibus aos domingos e feriados em alguns estados.

Veja abaixo a variação dos grupos em maio
Em maio, sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram alta:
Vestuário: 0,92%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,91%;
Habitação: 0,67%;
Despesas pessoais: 0,50%;
Alimentação e bebidas: 0,39%;
Comunicação: 0,27%;
Educação: 0,09%.
Os dois grupos que tiveram queda foram:
Transportes: -0,29%;
Artigos de residência: -0,07%.

O que tem pesado na inflação?
Energia elétrica pesou sobre o IPCA-15 de maio
fanjianhua no Freepik
A energia elétrica residencial subiu 1,68% em maio e foi o item que mais influenciou o IPCA-15 no mês, com impacto de 0,06 ponto percentual (p.p.).
A alta se deve à bandeira amarela nas contas de luz, que adicionou um custo de R$ 1,88 nas faturas dos consumidores para cada 100 kWh utilizados.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a decisão de aumentar os preços foi tomada “devido a redução das chuvas em razão da transição do período chuvoso para o período seco do ano”.
Além disso, na Bahia e em Pernambuco, as concessionárias responsáveis pelo fornecimento de energia também reajustaram suas tarifas.
Outro item que pesou no resultado do IPCA-15 de maio foi o de produtos farmacêuticos, que subiram 1,93%, por causa do reajuste no preço dos medicamentos autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
A partir do dia 31 de março, os fornecedores de medicamentos (fabricantes, distribuidores, lojistas) puderam ajustar os preços da seguinte forma:
Nível 1: alta máxima de 5,06% para medicamentos com alta concorrência no mercado;
Nível 2: alta máxima de 3,83% para medicamentos com média concorrência no mercado;
Nível 3: alta máxima de 2,60% para medicamentos com baixa ou nenhuma concorrência no mercado.
No grupo Alimentação e bebidas, destacam-se as altas da batata-inglesa (21,75%), da cebola (6,14%) e do café moído (4,82%).
Por outro lado, as quedas do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%) permitiram que o resultado do grupo desacelerasse de 1,14% em abril para 0,39% neste mês.
Em Transportes, o resultado foi influenciado pela queda da passagem aérea (11,18%), além de uma variação negativa no ônibus urbano (1,24%), em decorrência da tarifa zero aos domingos e feriados em Brasília e em outros locais.
Os combustíveis aceleraram de -0,38% em abril para 0,11% em maio, com altas nos preços do etanol (0,54%) e da gasolina (0,14%) e quedas no óleo diesel (1,53%) e gás veicular (0,96%).

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