Tendências do mercado
Inovação de produtos torna-se essencial no mercado. Segundo dados da Euromonitor, consultoria de pesquisa e análises de mercados globais, o mercado brasileiro de áudio pessoal está passando por uma transformação radical nos últimos anos. O destaque absoluto são os fones de ouvido totalmente sem fio, os chamados TWS (True Wireless Stereo). Essa categoria, que praticamente não existia há pouco mais de uma década, domina o setor: em 2024 movimentou R$ 7,8 bilhões no varejo nacional, mais do que o dobro do valor registrado cinco anos antes. A tendência de alta deve continuar, com projeções apontando para R$ 12,7 bilhões em 2029.
Outra categoria que tem mostrado crescimento é a dos fones com arco, os populares headbands. Em 2024, esses modelos movimentaram R$ 1,5 bilhão, com mais de 2,5 milhões de unidades vendidas para o consumidor a preço médio de R$ 600, um crescimento contínuo que deve quase dobrar até 2029.
Na contramão, os equipamentos de áudio separados, como amplificadores e receivers, estão em queda. As vendas, que já eram baixas, de R$ 10 milhões em 2019, devem recuar para menos de R$ 1,3 milhão até o fim da década. O mesmo deve acontecer com os fones com fios. Em 2019, essa categoria movimentou R$ 1,2 bilhão e respondia por quase 5 milhões de unidades vendidas. Para 2029, a projeção é de apenas R$ 29,6 milhões em vendas e 139 mil unidades no mercado, indicam as projeções da Euromonitor.
Peso da produção local
Parte da diferenciação que a Polyvox procura está na fábrica em Manaus, considerada peça-chave da estratégia. A empresa investiu R$ 20 milhões em 2023 e mais R$ 10 milhões em 2024 na modernização da planta. Agora, trabalha em um novo projeto de ampliação da unidade. Kencis defende que fabricar no Brasil também garante controle de qualidade, o que seria mais difícil se só importasse produtos prontos da Ásia.