Página Inicial São Paulo Jovem de 19 anos morre em ação da PM na zona sul de SP; moradores protestam

Jovem de 19 anos morre em ação da PM na zona sul de SP; moradores protestam

Publicado pela Redação

Natanael Venâncio Almeida, de 19 anos, morreu durante uma ação da Polícia Militar na noite do último sábado (17), na Vila Andrade, zona sul de São Paulo. O ocorrido desencadeou um protesto de moradores que resultou na queima de um carro na Avenida Carlos Caldeira Filho nesta segunda-feira (19).

De acordo com a Polícia Militar, no sábado (17), uma equipe da ROCAM (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) visualizou dois indivíduos em uma motocicleta com a placa encoberta por fita durante patrulhamento na Rua Campo Novo do Sul, na Vila Andrade.

A dupla teria fugido e, após breve perseguição, adentrou a Travessa Campo Novo do Sul, onde tentou escapar a pé.

Ainda segundo a PM, durante a tentativa de abordagem, um dos policiais teria visto um dos indivíduos com uma arma em punho. O agente efetuou três disparos, que acertaram o jovem, e acabou sendo atingido na mão pela sua própria arma.

O policial ferido foi socorrido e encaminhado ao Hospital Albert Einstein. Já Natanael, que segundo a PM estava na motocicleta, foi atendido no local por uma viatura do Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital do Campo Limpo, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.

Em resposta à morte de Natanael, familiares e amigos do jovem realizaram um protesto. A família afirma que o jovem é inocente.

Avenida Carlos Caldeira Filho • Reprodução

Segundo a PM, o protesto começou às 16h40 e terminou por volta das 03h22 da madrugada desta terça-feira (20). A SPTrans informou que as linhas de ônibus operavam com desvios na região, com equipes técnicas acompanhando a situação.

Em prol das despesas do velório e sepultamento, familiares da vítima estão pedindo doações para conseguir arcar com os gastos.

Investigações em andamento

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou que “todas as circunstâncias dos fatos são investigadas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM)”.

A SSP destacou que os policiais militares envolvidos na ação utilizavam câmeras operacionais portáteis, e que as imagens serão analisadas no decorrer das investigações. As armas envolvidas na ação foram apreendidas e encaminhadas para perícia.

Laudos periciais foram solicitados ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal (IML) e, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial para auxiliar no esclarecimento do caso.

A Polícia Militar reiterou, por meio de seu comunicado e da SSP, que é uma instituição legalista e que não tolera excessos ou desvios de conduta. Afirmou ainda que qualquer denúncia de abuso por parte de seus agentes é rigorosamente investigada pela corregedoria da instituição.

*Sob supervisão de Carolina Figueiredo

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