A gente está numa fase do julgamento em que são convidados grandes nomes da tecnologia. Um deles é parceiro do Google, foi peça chave na acusação de monopólio e de alguma forma é rival também
Helton Simões Gomes
Para o jornalista, é uma relação de “morde e assopra”.
A empresa a que ele se refere é a Apple, que ao mesmo tempo em que segue como uma “rival” do Google, é também sua cliente, justamente no âmbito dos navegadores. Em recente episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz, professor e pesquisador, lembra que há uma relação comercial estipulada entre ambas.
Por ano, a Apple embolsa aproximadamente vinte bilhões de dólares para manter o Google como padrão de buscador dentro do Safari, o browser da empresa da maçã.
O Google se mantém como monopólio pagando. Mas se olhamos para o futuro, não está garantido para ninguém, porque o comportamento das pessoas parece estar mudando
Diogo Cortiz
Essa mudança de comportamento não passa despercebida pelas grandes empresas. Recentemente, Eddy Cue, vice-presidente sênior de serviços da Apple, afirmou que as buscas no navegador da empresa diminuíram. Ele atribui essa mudança de cenário ao uso de chatbots de inteligência artificial na hora de fazer buscas.