Craques em interações sociais -e em memes-, os brasileiros deram ao LinkedIn a alcunha de “LinkeDisney”, dada a profusão de posts exaltando experiências profissionais como se o trabalho fosse cercado por magia e diversão. O que Beck acha do apelido? “Acho que a discussão do LinkeDisney é válida.”
A parte positiva do apelido é que existe a preocupação para as conversas serem mais profundas e a rede não ser usada só pelas grandes conquistas. ‘Fui promovido. Nossa, olha como eu sou bom’, essa autopromoção que tem uma conexão negativa, como você falou do LinkeDisney. Mas também tem muita gente que escreve suas agruras, seus problemas, como se fosse um lugar de desabafo profissional. Tem de tudo.
Milton Beck, diretor-geral do LinkedIn para América Latina e África
Para o executivo, a presença de pessoas em estágios diferentes na carreira é o que provoca esse tipo de publicação. O desconforto de alguns, acrescenta, é o que faz novas conversas surgirem na rede.
Essa discussão é importante porque aumenta o interesse das pessoas em conversas mais produtivas e mais profundas. As carreiras normalmente não são lineares, elas vão e voltam, você faz uma mudança lateral, você vai pra trás, você perde o emprego. Essas são as conversas que geram mais engajamento, discussões e aprofundamento
Milton Beck
Gen Z em busca de um emprego
Outro característica importante dos brasileiros no LinkedIn é a forte presença da Geração Z. Ainda que estejam em outras redes sociais, esses jovens têm uma conexão diferente com o mercado de trabalho.