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Lula assina MP que muda regras do setor elétrico e amplia gratuidade da conta de luz

Publicado pela Redação

Famílias de baixa renda que consomem até 80 kW/h por mês ficarão isentas. Texto precisará ser aprovado pelo Congresso em 120 dias para continuar válido. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quarta-feira (21) a medida provisória (MP) que altera regras do setor elétrico e amplia descontos na tarifa de energia.
A proposta determina a ampliação da tarifa social. Segundo dados do governo, cerca de 60 milhões de brasileiros serão beneficiados pelos descontos, cujo custo é estimado em R$ 4,5 bilhões por ano (leia mais abaixo).
Proposta de reforma do setor elétrico divide opiniões
🔎A versão final do texto da medida provisória ainda não foi divulgada.
Em um primeiro momento, cerca de 14 milhões de cidadãos terão gratuidade, enquanto os 46 milhões restantes terão um desconto na conta de luz.
Lula reuniu no Palácio do Planalto ministros e os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para assinar a MP.
A MP entra em vigor ao ser publicada no “Diário Oficial da União”, porém, as novas regras passam a valer em 45 dias. Câmara e Senado terão de aprovar o texto em até 120 dias, a contar da publicação do ato. Caso a MP não seja chancelada, as mudanças perderão a validade.
Como vai funcionar?
💡A conta será gratuita para os consumidores com renda per capita mensal de até meio salário mínimo, inscritos no CadÚnico (cadastro de programas sociais do governo) e cujo consumo seja de até 80 kw/h por mês.
💡Para quem se enquadrar nos critérios de renda e consumir acima de 80 kW/h ao mês, haverá uma cobrança proporcional, um desconto, para contas que chegarem até 120 kW/h.
Atualmente, apenas indígenas e quilombolas têm gratuidade. Famílias de baixa renda que estão no CadÚnico têm um desconto que pode chegar a 65% do total da conta de luz.
Fonte do recurso
O custo das mudanças é estimado em R$ 4,5 bilhões por ano. O dinheiro para bancar a ampliação da tarifa social, segundo o governo, será obtidos por meio da redistribuição dos encargos dentro do próprio setor elétrico.
Assim, a MP prevê o corte de subsídios para fontes de energia mais limpa, como a eólica e solar. Os subsídios a essas fontes eram custeados por todos os consumidores.
A MP estabelece ainda a abertura do mercado de energia a partir de 2026. Pela regra, todos os consumidores poderão escolher de qual empresa querem comprar a energia — a exemplo do que ocorre com operadoras de celulares.
Atualmente, o chamado “mercado livre” é restrito a grandes consumidores, como indústrias e estabelecimentos comerciais de grande porte.
– Esta reportagem está em atualização

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