Detentos recém-ingressados no sistema prisional são obrigados a preencher um campo chamado ‘ideologia declarada’; defesa do cantor refuta as alegações e planeja pedir sua libertação
MC Poze do Rodo foi detido sob a suspeita de promover o crime e de ter ligações com o tráfico de drogas. Ao ser encaminhado ao sistema prisional, o artista afirmou que se identifica com o Comando Vermelho, de acordo com informações da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). O campo “ideologia declarada” é obrigatório para todos os detentos, fazendo parte da ficha de ingresso no sistema prisional. A defesa do cantor refuta as alegações e planeja pedir sua libertação. “O sistema penitenciário divide presos provisórios e sentenciados por critérios determinados em relação a comunidades de origem ou supostas relações com determinações territoriais. Essa prática via de regra pretende garantir a segurança e ordem de celas e galerias, evitando a ação de terceiros”, afirmou o advogado do rapper Fernando Henrique Cardoso Neves, em nota.
“Alguém que teme ser confundido ou tido como participante de determinada denominação, via de regra é orientado a dirigir-se a mesma para evitar tumulto, sendo medida de segurança para si e para outros. Esta prática, todavia, em nenhuma hipótese, traz ou poderia trazer qualquer grau de certeza sobre afiliações, associações ou qualquer vínculo do gênero”, completou.
O rapper foi enviado para Bangu 3, unidade que abriga integrantes do Comando Vermelho. A Seap o avaliou com um nível médio de periculosidade. A prisão ocorreu após a divulgação de um vídeo de um show realizado na Cidade de Deus, onde ele interpreta músicas que fazem referência a líderes da facção criminosa, enquanto um homem armado registra a apresentação.

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
O evento em questão aconteceu no dia 17 de maio, apenas dois dias antes do assassinato de um policial civil na mesma comunidade. A situação gerou grande repercussão e levantou preocupações sobre a influência do artista na juventude e sua relação com o crime organizado. A defesa de Poze argumenta que ele é um artista e que suas letras não devem ser interpretadas como apologia ao crime.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias