Página Inicial Negócios 'Não tem o que fazer': empresários estão pessimistas e veem tarifaço como 'inevitável'

'Não tem o que fazer': empresários estão pessimistas e veem tarifaço como 'inevitável'

Publicado pela Redação


Empresariado de São Paulo demonstra pessimismo com tarifaço de Trump
Empresários e representantes de setores da indústria e do agronegócio estão pessimistas com o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e veem o início de cobrança das taxas em 1º de agosto como inevitável.
“Chega o dia 1º e o Brasil não chega a um acordo”, disse um representante da indústria.
Entre as razões citadas pelos empresários está a dificuldade que o Brasil tem enfrentado em negociar com o país norte-americano.
“Não tem o que fazer”, disse um empresário do agronegócio.
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Ainda há alguma expectativa de que o empresariado norte-americano consiga pressionar o governo Trump para limitar as tarifas impostas ao Brasil, mas a leitura é que os efeitos práticos disso tendem a ser limitados.
“Não sei se os empresários norte-americanos estão tão dispostos assim a brigar pelo Brasil, porque eles também têm os interesses deles por lá”, afirma um empresário. “Não é fácil, nem fluido.”
Entenda a dificuldade do governo para negociar tarifaço com os EUA
Para setores da indústria e do agronegócio, parte do que explica a dificuldade das negociações entre o Brasil e os Estados Unidos é o teor político por trás da ameaça tarifária de Trump. O republicano já afirmou mais de uma vez que o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe é uma “caça às bruxas” e já indicou que está aplicando tarifas mais altas ao Brasil por conta do ex-presidente.
Além disso, o empresariado também afirma que o Brasil não é uma das prioridades dos Estados Unidos neste momento, e que o governo norte-americano estaria priorizando negociações com outras nações.
“A situação ainda piora muito antes de melhorar”, disse outro representante de um setor industrial.
A preocupação com a proximidade do tarifaço também levanta preocupações sobre os efeitos das tarifas nas empresas que exportam para os EUA, em especial nas de pequeno porte.
Representantes já indicam a necessidade de medidas de auxílio para aliviar eventuais impactos econômicos ao setor privado, e enxergam como positivas as iniciativas recentemente divulgadas.
Na semana passada, o governo de São Paulo anunciou que vai liberar o crédito acumulado do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) para empresas exportadoras. O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também anunciou apoio para essas companhias.
Iniciativas que foram criadas durante a pandemia também são vistas como uma saída para este momento, na visão dos setores.
O Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), a dilatação do prazo do pagamento de impostos e uma eventual redução de jornada de trabalho com redução proporcional de salário, por exemplo, foram citados como alternativas.
Trump e Lula
AFP

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