Por que é importante?
Para derrubar a ação ainda em 2024, a Meta argumentou que a ideia de monopólio da FTC desconsiderava concorrentes gigantes, como o YouTube. Para a comissão, Instagram e WhatsApp cresceriam e virariam oponentes de peso, mas a empresa rebateu: foram seus investimentos que transformaram a dupla na potência de hoje.
Nos bastidores, a Meta vem conectando a infraestrutura de seus aplicativos desde 2019. Hoje, estão umbilicalmente ligados. A faceta visível da ação é a conexão entre contas do Facebook, Instagram e Messenger. Com ela, você posta em uma rede social a partir da outra. Uma condenação por monopólio colocaria esse arranjo em risco. Também sacrificaria o esforço da plataforma para construir um perfil único do usuário com dados obtidos de todas as plataformas e assim destinar a ele anúncios mais valiosos.
Não é bem assim, mas está quase lá
A troca de Khan por Ferguson parece seis por meia dúzia, mas não é bem assim. O destino da Meta depende de uma administração federal para lá de volátil. Zuckerberg sabe disso, tanto que desde o começo do ano se aproxima do ex-desafeto Donald Trump. Acabou com a moderação automática, trocou checadores de fato por notas da comunidade e trouxe de volta o conteúdo político. O último lance é o lobby direto, de acordo com jornais norte-americanos.
Ferguson aponta o nariz para onde o vento Trump soprar. Em um mesmo evento na capital Washington, ele disse que o escrutínio das gestões anteriores sobre as Big Tech era frouxo. Em seguida, afirmou que, se Trump pedir, ele respeitaria e abandonaria o caso. Mas, acrescentou, não acredita que o presidente faria isso.