Página Inicial Tecnologia O que ainda separa os EUA da China em IA?

O que ainda separa os EUA da China em IA?

Publicado pela Redação

No entanto, devido às restrições impostas pelos EUA, a empresa holandesa não pode enviar suas máquinas mais avançadas de litografia ultravioleta extrema (EUV) para a China. Por isso, a SMIC está obrigada a fabricar seus chips com máquinas baseadas em uma tecnologia inferior, a de litografia ultravioleta profunda (DUV).

Este é o motivo de algumas análises estimarem que a SMIC esteja de 3 a 5 anos atrasada em relação à TSMC.

Para contornar essa limitação, a China vem fazendo uma aposta de longo prazo na SMEE (Shanghai Micro Electronics Equipment), fabricante de máquinas litográficas que poderá competir no futuro com a ASML.

O cenário hoje ainda é de um abismo entre a empresa holandesa e a chinesa. Enquanto a ASML consegue trabalhar na escala de 2 a 5 nanômetros (medida que indica o tamanho dos menores elementos que podem ser gravados no chip), a SMEE ainda está em 28 nanômetros.

Porém, a história nos mostra que o avanço tecnológico da China é surpreendente. Muitos pesquisadores e analistas apostam que a China poderá alcançar sua autossuficiência em semicondutores dentro de uma janela de 10 anos.

O controle de exportação dos EUA pode ter um efeito duplo: enquanto atrasa o desenvolvimento de modelos de IA no curto prazo, pode fortalecer a indústria de semicondutores e litografia no médio e longo prazo. Se hoje falamos muito de Nvidia, TSMC e ASML, vamos precisar estar cada vez mais de olho no trio de ouro chinês: Huawei, SMIC, SMEE.

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