O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta quinta-feira (17) de uma ação junto ao padre Júlio Lancellotti para lavar pés de pessoas em situação de rua.
A iniciativa foi uma junção da tradição católica da cerimônia de Lava-Pés com uma campanha de conscientização contra o pé diabético.
Participaram do projeto profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS); estudantes de medicina; de enfermagem e de nutrição, além de voluntários da Igreja Católica.
A cerimônia do Lava-Pés é um ritual cristão realizado na Quinta-feira Santa, que relembra o gesto de Jesus Cristo ao lavar os pés de seus discípulos durante a Última Ceia. Após a lavagem dos pés dos moradores de rua, Padilha deu um discurso de orientação sobre a condição do pé diabético.
Esta é uma complicação do diabetes causada por problemas na circulação sanguínea e danos nos nervos. Esses fatores aumentam o risco de feridas, infecções e úlceras que, se não tratadas corretamente, podem levar à amputação.
De acordo com o ministro, cerca de 4.000 brasileiros precisaram amputar integralmente ou parcialmente os pés em 2024 por causa da doença.
Profissionais da nutrição também elaboraram um cardápio saudável para pessoas com diabetes, que foi servido aos presentes após o lava-pés.
“[Estamos aqui] para mostrar o quanto os profissionais do SUS têm que acolher, respeitar e estar numa posição de servidor da população brasileira, em especial para a população em situação de rua”, afirmou Padilha.
“[Estamos aqui também] para chamar atenção para essa complicação na saúde das pessoas que é o pé diabético, que pode ser prevenido se a gente faz um diagnóstico precoce, um tratamento, se pega o remédio na farmácia popular”, completou.