Página Inicial Saúde Peste pneumônica: o que saber após morte nos EUA – 14/07/2025 – Equilíbrio e Saúde

Peste pneumônica: o que saber após morte nos EUA – 14/07/2025 – Equilíbrio e Saúde

Publicado pela Redação

Uma pessoa morreu de peste pneumônica no Flagstaff Medical Center, no condado de Coconino, no Arizona (EUA), de acordo com a Northern Arizona Healthcare, organização que administra o hospital.

A peste pneumônica é uma doença rara relacionada à peste bubônica. O paciente chegou ao pronto-socorro e morreu no mesmo dia, afirmou um porta-voz da organização. O condado de Coconino anunciou ter recebido os resultados dos testes confirmando a condição do paciente na sexta-feira (11).

A seguir o que você precisa saber sobre a peste pneumônica.

Qual a diferença entre as pestes bubônica e pneumônica?

A peste é uma doença infecciosa causada pela bactéria Yersinia pestis. Existem três formas comuns de peste: bubônica, pneumônica e septicêmica.

A peste bubônica, a mais conhecida, matou dezenas de milhões de pessoas na Ásia e na Europa no século 14 em uma pandemia conhecida como Peste Negra. No imaginário popular, é frequentemente considerada uma doença medieval, mas ela ainda existe —em um contexto muito mais controlável graças aos antibióticos modernos.

A peste bubônica envolve uma infecção dos gânglios linfáticos, enquanto a peste pneumônica afeta os pulmões, e a peste septicêmica, o sangue. Os tipos podem coexistir se a bactéria se espalhar pelo corpo após uma infecção inicial.

A peste pneumônica é a única forma que pode ser transmitida de pessoa para pessoa, em vez de animal para pessoa, por meio de gotículas transportadas pelo ar, de acordo com os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças). Mas isso não era documentado nos Estados Unidos desde 1924. Um pouco mais comum é a infecção transmitida pelo ar por animais doentes.

A forma pneumônica também é a mais letal: é sempre fatal quando não tratada, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). A peste bubônica, o tipo mais comum, tem uma taxa de letalidade de 30% a 60%.

Quão comum é a peste?

Todas as formas de peste são raras. Neste século há, nos EUA, uma média de sete casos relatados por ano, de acordo com o CDC, e um número de mortes menor que esse.

Os casos humanos, em sua maioria, são contraídos em áreas rurais do oeste dos EUA –especificamente norte do Novo México, norte do Arizona, sul do Colorado, Califórnia, sul do Oregon e extremo oeste de Nevada–, onde se tornou disseminada em espécies de roedores. A doença pode ser transmitida aos humanos a partir de animais por meio de picadas de pulgas ou pelo contato direto com um animal infectado, o que pode incluir cães e gatos de estimação.

Globalmente, a peste é encontrada em animais em todos os continentes, exceto na Oceania, enquanto os casos humanos desde a década de 1990 ocorreram principalmente na África, de acordo com a OMS. Os três países mais endêmicos são República Democrática do Congo, Madagascar e Peru, segundo a OMS.

Quais são os sintomas da peste?

A peste bubônica é conhecida por furúnculos causados por gânglios linfáticos inchados com bactérias em multiplicação.

Mas estes não estão necessariamente presentes na peste pneumônica. Os pacientes desenvolvem febre, dor de cabeça, fraqueza e pneumonia de evolução rápida, com falta de ar, dor no peito, tosse e, às vezes, muco sanguinolento ou aquoso, ainda de acordo com o CDC.

Os sintomas da peste septicêmica podem incluir calafrios, dor abdominal, sangramento na pele e em outros órgãos, e pele e tecidos escurecendo e morrendo.

Como a peste é tratada? Existe vacina?

Não há vacina contra a peste disponível nos Estados Unidos, afirma o CDC. A OMS afirma que a peste é facilmente tratada com antibióticos, embora seja vital procurar tratamento o mais rápido possível. O período de incubação da peste pneumônica pode ser de apenas um dia, e de dois a oito dias para a peste bubônica.

“A peste pneumônica pode ser fatal dentro de 18 a 24 horas após o início da doença, se não for tratada”, alerta a OMS.

Especialistas em saúde também recomendam medidas preventivas, como o uso de repelente de insetos e produtos antipulgas em animais de estimação, casas à prova de roedores e uso de luvas caso seja necessário manusear um animal doente.

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