Depois de apresentar os sons modificados aos voluntários, os pesquisadores descobriram que remover as altas frequências não tornava o som mais agradável. Além disso, perceberam que o ruído das unhas no quadro era parecido com o grito de alerta de um chimpanzé.
“Especulamos que o som de unhas em um quadro-negro têm uma característica aversiva quase universal porque provoca em nós um reflexo inconsciente, automático, como se estivéssemos ouvindo um grito de advertência”, disse o psicólogo Randolph Blake, um dos participantes do estudo à revista “Medical Press”.
Uma outra pesquisa, publicada em 2011 no jornal da Sociedade de Acústica Americana, sugeriu que o desconforto acontece por conta do tamanho de nossa orelha e do canal auditivo.
Na ocasião, os participantes do estudo avaliaram o desconforto que sentiam ao serem expostos a vários ruídos desagradáveis. Os dois sons classificados como mais irritantes, segundo eles, eram das unhas e de giz arranhando uma lousa.
Os pesquisadores, então, criaram variações destes dois sons, modificando certas faixas de frequência. Todos foram expostos aos ruídos enquanto seus indicadores de estresse, como pressão e frequência cardíaca, eram analisados.
O resultado foi que, em ambos os grupos, os ruídos mudaram a condutividade elétrica da pele dos ouvintes, o que apontava uma reação de estresse físico significativa. Os pesquisadores perceberam também que as frequências mais “irritantes” estava entre 2.000 e 4.000 Hertz.