A cidade do Rio de Janeiro começou a vacinar contra a dengue jovens de 19 e 20 anos a partir desta quarta-feira (10). A ampliação da faixa etária vale até o dia 18 de abril ou enquanto durarem as doses disponíveis — ao todo, 26 mil vacinas foram liberadas pela prefeitura para esse público. Crianças e adolescentes de 10 a 18 anos seguem contemplados pela campanha.
“Somente 26 mil doses foram disponibilizadas para essa aplicação. Então, as pessoas que chegarem primeiro vão conseguir tomar a vacina. Os estoques estão no final, e, por isso, a gente recomenda que as pessoas procurem as unidades o quanto antes para se vacinar”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Para receber o imunizante, é necessário apresentar documento de identidade e, se possível, a carteira de vacinação. A campanha acontece em todas as 240 unidades de atenção primária da cidade, além do Super Centro Carioca de Vacinação, com unidades em Botafogo e no ParkShopping de Campo Grande.
Os locais de vacinação no município do Rio podem ser consultados no site da prefeitura.
A vacina contra a dengue é aplicada em duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Quem teve dengue recentemente precisa aguardar seis meses a partir do início dos sintomas para tomar a primeira dose. Caso a infecção ocorra após a aplicação da primeira, é necessário aguardar 30 dias desde o início dos sintomas para tomar a segunda dose.
A ampliação da faixa etária faz parte da estratégia do Ministério da Saúde para evitar o desperdício de doses próximas ao vencimento. Embora o protocolo do PNI (Programa Nacional de Imunizações) priorize crianças e adolescentes de 10 a 14 anos que vivem em áreas com maior incidência da doença, a baixa adesão levou a pasta a autorizar a aplicação em outros públicos.
O Brasil é o primeiro país do mundo a incorporar a vacina contra a dengue à rede pública de saúde. Das 6,5 milhões de doses enviadas pelo governo federal aos estados e municípios, apenas 3,3 milhões foram aplicadas até o momento.
Além da vacinação, as autoridades de saúde reforçam a importância de ações de prevenção para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunha. A recomendação é manter caixas d’água tampadas, eliminar recipientes que possam acumular água parada e limpar calhas, vasos e ralos com frequência.