A Prefeitura do Rio ampliou, nesta sexta-feira (11), a vacinação contra a variante JN.1 da Covid-19 para pessoas a partir de 60 anos. O imunizante da Pfizer, atualizado para a cepa mais recente em circulação, já vinha sendo aplicado desde o início do mês em quem tem 65 anos ou mais.
A imunização também continua para idosos residentes em instituições de longa permanência e demais grupos acima de 70 anos, que já haviam começado a ser vacinados.
Para receber o imunizante é preciso ter tomado a dose anterior há pelo menos um ano.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a situação epidemiológica da cidade é considerada positiva, mas o monitoramento segue constante, especialmente diante do avanço da variante JN.1 no cenário global. O imunizante atualizado reduz o risco de agravamento da doença, internações e mortes.
“Temos uma cobertura alta contra a Covid-19, com quase 98% dos cariocas tendo tomado pelo menos duas doses. Hoje, não temos nenhuma internação pela doença na rede pública, mas é fundamental seguir com os reforços”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, que acompanhou o início da nova etapa nesta sexta.
A ampliação da campanha deve seguir em ritmo escalonado, conforme a chegada de novas remessas de doses enviadas pelo Ministério da Saúde. Em agosto, a previsão é iniciar a vacinação de pessoas com imunossupressão —incluindo quem faz uso contínuo de medicamentos imunossupressores.
O imunizante está disponível nas 240 salas de vacinação em unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) e nas duas unidades do Super Centro Carioca de vacinação, em Botafogo, na zona sul, e no ParkShoppingCampoGrande, na zona oeste da cidade.
Paralelamente, a prefeitura mantém a campanha de vacinação contra a gripe. A vacina da influenza está disponível para todas as pessoas com mais de seis meses de idade.
Apesar da normalidade na campanha, a Secretaria de Saúde acompanha com atenção os desdobramentos da política internacional. A vacina da Pfizer é produzida nos Estados Unidos, e há preocupação com os impactos das tensões comerciais entre os dois países. O presidente americano Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, com início previsto para 1º de agosto.
Ainda que medicamentos e vacinas costumem ser poupados em disputas desse tipo por integrarem a lista de bens essenciais, autoridades temem efeitos indiretos, como a alta do dólar, aumento nos custos logísticos e atrasos na entrega de insumos. Até o momento, porém, não há qualquer indicativo de interrupção no fornecimento.