A partir da próxima segunda-feira (19), a vacinação contra a gripe será ofertada para toda a população da cidade de São Paulo a partir dos seis meses. Até o momento, o imunizante contra o vírus influenza é restrito aos grupos prioritários.
Segundo o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, a ampliação é importante para prevenir o agravamento das doenças respiratórias principalmente nesta época de sazonalidade.
Até terça-feira (13), 1.095.488 doses da vacina contra a gripe foram aplicadas na capital paulista, o equivalente a quase 25% de cobertura no grupo prioritário (cerca de 4,8 milhões de pessoas). Em 2024, a cobertura no público-alvo chegou a 61,11%.
A vacinação acontece nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e, aos sábados, nas AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais)/UBSs Integradas, no mesmo horário.
O que é gripe e quais os sintomas?
A gripe é uma doença respiratória infecciosa e transmissível. Os sintomas são coriza, febre, dor de cabeça e no corpo, tosse e mal-estar.
A doença pode se apresentar de forma leve, que dura três a cinco dias, ou grave. Não é possível saber com antecedência como o paciente vai evoluir. O quadro grave pode levar a complicações que vão desde pneumonia viral até a infartos e AVCs.
A vacina contra a gripe causa a doença?
Não. A vacina é de vírus inativado. O que pode acontecer é a pessoa tomar a vacina e pegar outro vírus respiratório que esteja em circulação naquele momento. Não tem relação com a vacina.
Quais os efeitos adversos da vacina contra a influenza?
Dor e desconforto no local de aplicação, dor no corpo, de cabeça e febre baixa durante 24 ou 48 horas. No pós-vacina, uma pequena porcentagem de pessoas –cerca de 1%– pode ter esses efeitos adversos.
Há contraindicação?
Duas: anafilaxia (reação alérgica grave) com dose prévia e alergia grave a ovo.
Quem não faz parte do grupo de risco deve tomar a vacina?
Sim.
Qual o grupo de risco mais perigoso para a gripe?
Os idosos e as crianças, principalmente menores de dois anos, são vulneráveis para complicações. Todas as crianças abaixo de nove anos que nunca tomaram a vacina contra a gripe deverão receber duas doses no primeiro ano de vacinação. Nos seguintes, dose única. Gestantes, doentes crônicos e imunossuprimidos também devem ter atenção.
Por que o idoso não pode deixar de se vacinar?
A imunossenescência (declínio natural do sistema imunológico) torna os idosos mais vulneráveis a infecções e o quadro pode se agravar.
Há diferença entre a vacina ofertada neste ano em relação a de 2024?
Sim. A vacina é sempre atualizada. Ela cobre os mesmos grupos de vírus: influenza A H1N1, H3N2 e o influenza B, mas a subvariante em circulação é diferente da do ano passado. Quem se imunizou no ano passado deve tomar a vacina neste ano.
Por que a imunização precisa acontecer antes do inverno?
O melhor cenário é tomar a vacina antes de o vírus circular. Ela demora até duas semanas para surtir efeito, mas a produção maior de anticorpos ocorre com quatro semanas.
Pode tomar a vacina com sintomas gripais?
Não. Se houver suspeita de qualquer infecção, a aplicação deverá ocorrer de 48 a 72 horas após a melhora do quadro.
Pode tomar a vacina contra a gripe junto com as demais?
Sim. A vacina da gripe pode ser tomada com qualquer outra do calendário de imunização.