O lançamento desta terça-feira será o nono voo de teste após os fracassos dos últimos dois, em janeiro e março, que provocaram grandes explosões no céu e chuvas de destroços sobre o Caribe.
Nas duas ocasiões, a primeira fase do foguete, que dá propulsão a toda a nave, conseguiu retornar à plataforma de lançamento e foi capturada por braços mecânicos, uma manobra espetacular que apenas a SpaceX domina.
Mas o megafoguete explodiu no ar nas duas oportunidades, o que obrigou as autoridades a desviar as rotas de alguns aviões ou adiar as decolagens. Também ordenaram a suspensão dos voos de teste do Starship e a investigação dos incidentes.
Quatro dos oito voos de teste anteriores do Starship terminaram em explosões, deliberadas ou não. Em 2023, várias associações apresentaram uma denúncia contra as autoridades americanas, acusadas de terem avaliado incorretamente o impacto para o meio ambiente.
Contudo, apesar das críticas, a Administração Federal de Aviação (FAA) aprovou no início de maio o aumento dos lançamentos anuais do foguete de cinco para 25 em sua base no Texas, após uma longa revisão ambiental.
O anúncio, no entanto, ocorreu em um momento no qual os vínculos estreitos de Elon Musk com o presidente americano Donald Trump levantaram preocupações sobre possíveis interferências nas agências reguladoras.