A OMS (Organização Mundial da Saúde) certificou, nesta segunda-feira (30), o Suriname como o primeiro país amazônico livre de malária, depois de uma luta de quase 70 anos contra a doença que se propaga principalmente pela picada de um mosquito.
O Suriname, onde predomina um ambiente propício para a reprodução dos mosquitos por causa do garimpo, tornou-se o país de número 46 a ser certificado pela OMS como livre de malária. Doze dessas nações estão na América.
“Este certificado é reflexo de anos de esforço constante, especialmente para chegar a áreas remotas. Significa que as gerações futuras podem crescer livres dessa doença potencialmente mortal”, disse o diretor da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), o sanitarista brasileiro Jarbas Barbosa, citado em comunicado.
O Suriname iniciou seus esforços para controlar a malária nos anos 1950. Suas medidas, em princípio, consistiam na “pulverização interna das residências” com um pesticida e “tratamento antimalárico”.
Em 2001, os casos de malária ultrapassaram a marca de 15 mil infectados.
A situação foi controlada anos depois com o apoio do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária, que ajudou a fortalecer a prevenção da doença com a “distribuição de mosquiteiros tratados com inseticida”, acrescentou a OMS.
O último caso de malária foi registrado em 2021, segundo dados da organização.
“O firme compromisso do Suriname com a equidade na saúde serve de inspiração para todos os países que se esforçam para alcançar um futuro sem malária”, apontou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.